O projeto é radicalizar a proposta que o golpista Temer coloca em prática
É por demais lamentável o que acontece no Brasil. O PSDB, partido derrotado em quatro eleições presidenciais diretas, já pensa em retornar à Presidência da República em uma eleição indireta e há informações nesse sentido, segundo a Folha de S.Paulo, de que vai dar um prazo até março de 2017 para que o golpista Michel Temer apresente resultados em sua política econômica que vem sendo colocada em prática pelo Ministro da Fazenda, Henrique Meireles.
Não há como, da mesma forma que na Argentina sob o governo de Maurício Macri, cuja política econômica aprofundou a recessão. Não há condições de o Brasil mostrar resultados até lá e mesmo em meses posteriores, porque o tipo de política em execução demonstrou que não tem condições de dar certo. Para o povo nem se fala. E com os golpistas do PSDB não seria diferente. Não é uma questão de bola de cristal, mas uma evidência concreta.
Mas como uma das últimas tentativas para ver se o esquema golpista se ajusta logo, o governo usurpador está convocando Armínio Fraga, que presidiu o Banco Central no governo FHC, uma figura de triste memória para os brasileiros, porque é um dos baluartes do esquema neoliberal e foi também um dos responsáveis pelo desastre final na gestão de Cardoso.
Armínio Fraga, um cidadão naturalizado estadunidense e lambe botas do megaempresário especulador George Soros, a quem prestou serviços, está sendo convocado por Temer para dar conselhos na área econômica. Podem imaginar o que vem por aí em matéria de ainda maiores arrochos? É muita infelicidade só para a maioria da população brasileira que vive do trabalho.
Como até março nada vai dar certo, ainda mais com os conselhos de Armínio Fraga, trata-se de fato de uma tentativa de golpe dentro de um golpe por parte do PSDB, ainda mais, segundo o noticiário não mais escondido, o indicado seria Fernando Henrique Cardoso, um ex-presidente que já foi repudiado pelos eleitores em 2002 e em outras eleições diretas que os eleitores brasileiros julgaram as suas propostas de redução do Estado e da entrega de nossas riquezas.
Não se deve esquecer também que Armínio Fraga teve atuação destacada como formulador econômico do candidato derrotado Aécio Neves.
O povo brasileiro, apesar das manipulações da mídia conservadora, repudiou as propostas Neves&Fraga, que agora retorna para aconselhar o que os brasileiros conscientes rejeitam. Os derrotados em outubro de 2014 não desistiram e intensificaram suas ações a partir do momento em que se conheceu o resultado da eleição presidencial e outubro de 2014 confirmando a vitória de Dilma Rousseff. O candidato derrotado Aécio Neves e seus seguidores, entre eles o ex-presidente FHC, Armínio Fraga e a mídia conservadora, agiram e não deixaram a Presidenta eleita governar. E foram em frente até a efetivação do golpe parlamentar, midiático, judicial que colocou no governo Michel Temer, atualmente contestado pelos seus apoiadores do PSDB, sequiosos de retornar ao governo com mais força do que agora para satisfazer ainda mais o deus mercado.
O projeto é radicalizar a proposta que o golpista Temer coloca em prática e que afetará os brasileiros do andar de baixo, enquanto os do andar de cima serão preservados. Trocando em miúdos, os ricos do Brasil ficarão ainda mais ricos, enquanto os pobres mais pobres a persistir a política econômica atual ou a ainda mais radicalizada.
Temer, FHC, Eliseu Padilha, Geddel, Meireles, Aécio, Fraga e outros tantos que pululam por aí são farinhas do mesmo saco. Estão enganando incautos, mas em algum momento serão julgados pelo povo, como já tinham sido antes. Isso acontecerá mais cedo ou mais tarde quando a população sentir na carne e não se deixar mais ser enganada diante das evidências. É mesmo uma questão de tempo.
Enquanto isso, o Brasil vai se arrastando com as mentiras e meias verdades que os defensores do atual estado de coisas colocam em prática. A convocação de Armínio Fraga é perfeitamente explicável e sendo mesmo seguido a risca seus conselhos, certamente o esquema vai piorar ainda mais.
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