Estamos de luto.
Com que palavras podemos expressar a lástima de uma perda trágica como foi a do acidente com o avião que transportava a delegação da Chapecoense e um grupo de jornalistas rumo à final da Copa Sul-Americana? Foram 71 perdas, muito além dos personagens do espetáculo do futebol: de seres humanos. Não há no mundo algo que possa reaver o dano dessa tragédia, não há consolo para os familiares e pessoas próximas às vítimas, só nos resta sentí-la em comunhão e dar todo o apoio que pudermos, além de registrar para a eternidade que eles se foram porque queriam ir além: queriam ser heróis.
Homenagens de todo o mundo, de muito além do nicho futebolístico, demonstraram que sentimentos e solidariedade ultrapassam fronteiras. O Atlético Nacional de Medellín e sua nobre torcida são a maior prova disto e, em meio ao pêsame incomensurável que acometeu a família Chapecoense, conseguiram fazer brilhar nossos olhos com uma boa emoção: o rival abriu mão do título e solicitou a CONMEBOL que ele fosse destinado ao time de Chapecó, tendo nessa nobre atitude o apoio maciço de sua torcida apaixonada, que lotou o estádio na noite da primeira partida da final para homenagear as vítimas do acidente.
Para o clube, essa página jamais será virada. Não existe a possibilidade de seguir adiante apenas como uma instituição, desligada daqueles que atuaram pelo tantos méritos que ela alcançou, especialmente nos últimos anos. A Chapecoense tornou-se gigante e é necessário que o futebol, todos os times e instituições respeitem e trabalhem junto a ela.
Que descansem em paz as vítimas.
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