Após uma das maiores mobilizações de resistência indígena da história recente dos Estados Unidos, o governo federal anunciou que não vai ser outorgada a licença que permite a continuação da construção do oleoduto em Dakota do Norte, e que vão procurar vias alternativas para esse projeto.
O povo Sioux é contrário à construção do oleoduto porque o projeto ameaça terras consideradas sagradas e que se corre perigo de contaminar as águas do rio Misuri.
O Corpo de Engenheiros do Exército publicou um parecer na tarde do último domingo (4), argumentando que, depois de extensas consultas, foi determinado que a melhor forma de proceder é “ explorar novas alternativas para o oleoduto” e elaborar (como tinha sido solicitado pelos indígenas) uma pesquisa de impacto ambiental mais aprofundada.
Sobre o projeto
Trata-se de um projeto de US$ 3,8 milhões para construir um oleoduto de 1.172 milhas para transportar 470 mil barris diários de petróleo bruto desde terras petroleiras em Dakota do Norte até as refinarias, pensando por terras dos Sioux, outorgadas pelo governo federal num tratado assinado em 1851.
Diante do conflito, milhares de indígenas Sioux e de outros povos indígenas, jovens, ambientalistas, afroestadounidenses, latinos e artistas mantiveram a ocupação das terras, enfrentando uma brutal repressão.
A empreiteira do oleoduto, a Energy Tranfer Partners, tinha declarado anteriormente que ia se opor a qualquer desvio do caminho traçado, e que, caso o projeto não se completar, perder-se-á um contrato multimilionário.
Por isso, alguns advertem que o anúncio do governo não é o final desta luta. Espera-se que a empreiteira recorre à Justiça, e o presidente eleito Donald Trump já manifestou o seu apoio ao projeto. Cabe destacar que o próprio Trump é investidor da empresa, e a empreiteira doou US$ 170 mil para a sua campanha eleitoral.
* com informação de Aporrea.org
Edição: Camila Rodrigues da Silva
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