A Câmara Municipal de São Paulo aprovou, em segunda votação, no dia 7 deste mês, o projeto de lei que determina a entrada de doulas em hospitais públicos e privados da capital. Para a doula Érica Sato, que exerce a função há cinco anos, a aprovação da lei é um avanço na humanização da assistência ao parto na cidade.
"Nós vamos poder acompanhar essa mulher nas consultas, no parto e pós-partos. Quando se fala em assistência ao parto, infelizmente, as únicas mulheres que têm essa possibilidade são as mulheres de classe média alta. O principal motivo da humanização é que se chegue a todas as mulheres", afirmou em entrevista à repórter Anelize Moreira, da Rádio Brasil Atual.
Raquel Jondozza é psicóloga e também atua como doula, acolhendo outras mulheres. "Eu fui me aproximando cada vez mais do universo feminino e materno. No ano passado, depois que tive minha filha, algo no meu feminino mudou e percebi que queria estar ao lado das mulheres antes e durante a gravidez e no parto e pós parto."
Essas profissionais que auxiliam as parturientes têm dificuldade no acesso e atuação nos hospitais e maternidades da capital. "A gente tem que fazer um pré-cadastro e não são todos que aceitam. Outros, aceitam, mas muitas vezes você é discriminada dentro da maternidade", explica Raquel.
Neste ano, Raquel lançou um canal no YouTube chamado "Fios de Afeto", projeto de pré-natal emocional com vídeos sobre orientações na maternidade. "Quando falamos do pré-natal médico, a mãe olha o desenvolvimento do bebê. É a mesma coisa no pré-natal emocional, mas analisando possíveis psicopatologias e as relações familiares, para que quando o beber nascer, a mulher esteja segura emocionalmente."
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