O advogado e jornalista Max Altman morreu, na noite desta segunda-feira (19), aos 79 anos. Ele foi vítima de um tumor cerebral diagnosticado há um mês.
Altman era articulista do portal OperaMundi, onde mantinha, desde outubro, parceria com a Radioagência Brasil de Fato com a coluna Hoje na História. Em vida, Max doou a maior parte do seu acervo de livros à Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF), uma escola de formação política do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Filho de polonês de origem judaica, Max dedicou boa parte de sua vida à luta de uma transformação profunda na sociedade. Max se filiara ao Partido Comunista do Brasil, deixando-o em 1984 para se juntar ao Partido dos Trabalhadores (PT).
O jornalista Breno Altman, filho de Max, relembrou, em texto que homenageia o pai, que ele “dedicou sua existência à luta pelo socialismo, à revolução proletária e à solidariedade anti-imperialista”, e que nunca esquecerá “os valores que sempre nos ensinou e a todos que nos cercavam: a valentia, a lealdade, a coerência, a honestidade, a abnegação, o compromisso com o conhecimento e o trabalho, a dedicação ilimitada à luta dos povos”.
O velório ocorrerá às 15h desta terça-feira (20) na Casa do Povo (Rua Três Rios 252, Bom Retiro, São Paulo). Às 19h30, no mesmo local, haverá homenagem de amigos e, às 21h30, o corpo será levado para o Cemitério de Vila Alpina, onde será cremado. As cinzas serão jogadas sobre a mureta do Malecón, em Havana, capital de Cuba, conforme desejo expresso por Max.
Abaixo, confira o texto de Breno Altman:
Morreu Max Altman, meu pai
Nessa segunda-feira, dia 19 de dezembro, às 21h15, faleceu um militante internacionalista de toda a vida. Um homem que dedicou sua existência à luta pelo socialismo, à revolução proletária e à solidariedade anti-imperialista.
Aos onze anos, filho de um revolucionário polonês de origem judaica, integrou-se ao Partido Comunista, com o qual romperia em 1984, para se juntar ao Partido dos Trabalhadores.
Advogado, editor e jornalista, forjou sua biografia com destemor. De rara cultura e hábitos simples, teve um só lado desde muito jovem: o do movimento de libertação dos trabalhadores.
Era um filho da revolução de outubro. Da resistência contra a ditadura à defesa dos governos petistas, sempre esteve nas primeiras fileiras de combate.
Não hesitou jamais na oposição aberta ao sionismo, na solidariedade incondicional com a revolução cubana e no apoio incansável aos governos progressistas da América Latina, particularmente à revolução venezuelana.
Foi um grande pai, meu e de meus irmãos, Fabio Altman e Rogerio Altman.
Um avô terno e atencioso para nossos filhos, seus netos.
Um companheiro dedicado às duas mulheres que amou, minha mãe Raquel e sua esposa atual, Liria Pereira.
Um camarada de seus camaradas.
Nunca esqueceremos os valores que sempre nos ensinou e a todos que nos cercavam: a valentia, a lealdade, a coerência, a honestidade, a abnegação, o compromisso com o conhecimento e o trabalho, a dedicação ilimitada à luta dos povos.
Há um mês foi diagnosticado com tumor cerebral, do tipo mais agressivo, dez anos depois de ter se curado de uma leucemia.
Morreu aos 79 anos, ao som de Les Amants de Paris, cantada por Edith Piaf, assistido por minha companheira, Flávia Toscano, que testemunhou o último suspiro desse homem inesquecível.
Seu velório será aberto às 15h dessa terça-feira, dia 20 de dezembro, e ocorrerá na Casa do Povo (rua Três Rios 252, Bom Retiro, São Paulo, perto da estação Tiradentes do metrô).
Às 19h30, no mesmo local, haverá homenagem de seus amigos e camaradas, como corresponde à boa e velha tradição comunista.
Às 21h30 seu corpo será trasladado para o Cemitério de Vila Alpina, onde será cremado.
Suas cinzas, conforme seu desejo expresso, serão jogadas sobre a mureta do Malecón, em Havana, capital da Cuba socialista.
Edição: ---