Estudos mostram que algumas variedades processadas de alho perdem quase todas as propriedades benéficas
O Alho é um dos alimentos mais presentes na cozinha brasileira. Em média no Brasil consomem-se 300 mil toneladas de alho por ano, sendo que o país, na última safra, produziu 111,8 mil toneladas.
Além de ser utilizado em diversas comidas por seu sabor, o alho possui propriedades que inibem o crescimento de bactérias e vírus, além de ajudar a fortalecer o sistema imunológico.
A alicina, um composto presente no alho, funciona como um potente anti-inflamatório e ajuda a baixar os níveis de colesterol e pressão arterial.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, vários estudos mostram uma associação entre o aumento da ingestão de alho e a redução no risco de certos tipos de câncer, como o câncer de estômago, cólon, esôfago, pâncreas e mama.
Mas nem todas as formas de consumir alho produzem estes benefícios para a saúde. Para aproveitá-lo ao máximo é preciso ingeri-lo cru. Segundo estudo da Fapesp - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Sao Paulo, “o alimento perde praticamente todas as suas propriedades funcionais dependendo do tipo de processamento ao qual é submetido”
Na pesquisa, foi analisada a presença de alicina em três processos de industrialização do alimento: picado e frito, fatiado e frito e em forma de pasta.
Seis meses após preparada, houve redução do teor de alicia na pasta de alho de cerca de 30%.
Nas formas fritas, após os 45 primeiros dias, esta substância já era praticamente inexistente, segundo a coordenadora do estudo, a agrônoma Patricia Prati.
A Organização Mundial da Saúde recomenda para adultos o consumo diário de 2 a 5 gramas de alho fresco (aproximadamente um dente de alho), que pode ser ingerido com água, chás ou sucos.
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Alimento é Saúde é produzido pela Radioagência Brasil de Fato e Saúde Popular
Locução: Juliana Gonçalves
Produção e Sonoplastia: Mauro Ramos
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