Terminaram nesta segunda-feira (2) as comemorações do aniversário da Revolução Cubana — primeiro sem o comandante e ex-presidente, Fidel Castro, —, com um desfile militar e uma marcha popular em Havana, que também celebraram o 60º aniversário do desembarque do iate Granma na ilha.
O desfile militar ocorreu na Praça da Revolução José Martí às 7 horas (do horário local). Nele, foram realizadas homenagens aos heróis e mártires da Revolução e aos expedicionários do iate Granma. A parada também contou com uma réplica do iate.
A cúpula do governo da ilha, incluindo o presidente Raúl Castro, e representantes de seus principais órgãos, bem como do corpo diplomático credenciado no país, compareceram à parada, onde também foram vistos Dalia Soto del Valle, a viúva de Fidel Castro, e alguns de seus filhos.
Entre os convidados, estavam também o líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), Timochenko, e o número 2 da guerrilha e chefe negociador no processo de paz desenvolvido em Havana durante os últimos quatro anos, Luciano Marín, conhecido como Ivan Márquez.
A única pessoa a discursar durante a cerimônia foi a presidente da Federação Estudantil Universitária e membro do Conselho de Estado, Jennifer Bello. Raúl Castro não se pronunciou.
Citando o mandatário, porém, Bello disse que Cuba “não vai renunciar nenhum de seus princípios”, e que a juventude do país dará continuidade às “lutas e vitórias” do povo cubano.
"O que acontecerá nesta manhã só é possível quando existe um povo unido, máxima expressão de contar com uma revolução de operários, camponeses, estudantes, soldados, homens e mulheres dignos que vivem orgulhosos desta sociedade", afirmou Bello.
Marcha do povo
Às 8h (horário local), se iniciou a Marcha do Povo Combatente em comemoração do aniversário do desembarque do iate Granma, da Revolução e em homenagem ao comandante Fidel Castro, que morreu em novembro.
Segurando faixas escritas “Somos Fidel” e portando fotografias do comandante, os manifestantes — majoritariamente trabalhadores e estudantes — gritavam "Eu sou Fidel", “Todos Somos Fidel”, “Fidel é um povo”, “Viva Fidel” e “Raúl, amigo, o povo está contigo”.
O desfile estava programado inicialmente para o dia 2 de dezembro, mas foi adiado por causa da morte de Fidel Castro em 25 de novembro de 2016, quando foram decretados nove dias de luto nacional.
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