Violência

Poucos dias após chacina em Manaus, site de empresa administradora sai do ar

A empresa não soube informar a causa do problema

Brasil de Fato |
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (AM)
Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus (AM) - Divulgação/Secretaria de Administração Penitenciária do Amazonas

Poucos dias após a chacina que ocorreu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), o site da empresa Umanizzare, que administra sob regime de concessão a unidade, está fora do ar.

O complexo penitenciário e a empresa foram destaques da mídia nacional e internacional nas primeiras horas de 2017 após conflito entre as facções rivais Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC) que resultou em dezenas de mortes. Segundo apuração da reportagem, o site saiu do ar na noite desta terça-feira (3). Procurada, a empresa não soube informar a causa do problema.

Privatizados

O presídio Anísio Jobim tem capacidade para abrigar 454 detentos, mas 1.229 presos abrigavam o local no momento do conflito - o triplo da sua capacidade. A superlotação e o modelo de concessão da unidade foram alvos de questionamentos tanto para a empresa quanto para a administração pública estadual. 

Em Manaus, a empresa também administra a Unidade Prisional de Puraquequara, o Centro de Detenção Provisória de Manaus, o Instituto Penal Antônio Trindade, o Complexo Prisional Anísio Jobim, a Unidade Prisional de Itacoatiara e o Centro de Detenção Provisória Feminino. 

Contrato

Com a criação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), o governo contratou um consórcio denominado Consórcio Palmas- Penitenciária do Amazonas, para realizar serviços de gestão, operação e manutenção nas unidades prisionais em modalidade de concessão administrativa. Formam o Consórcio Palmas-Penitenciária do Amazonas as empresas Umanizzare Gestão Prisional e Serviços e a LFG Locações e Serviços Ltda.

O valor do contrato foi de R$ 205,9 milhões para a administrar cinco unidades prisionais por 27 anos podendo ser estendido até o limite de 35 anos. Somente o contrato de prestação de serviços da Umanizzare entre 1º de junho de 2014 e 1º de dezembro de 2016 é de  R$ 57,6 milhões, segundo o Portal da Transparência do Estado.

Edição: Simone Freire

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