Chefes de Estado e de governo dos países-membros da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) se reuniram pela primeira vez após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos no 5º Congresso do bloco regional. O evento aconteceu nesta quarta (25), em Punta Cana, na República Dominicana.
O encontro é uma resposta às políticas que aprofundam a violenta relação que os Estados Unidos mantém com os países da América Latina. Sob o comando do presidente dominicano Danilo Medina, o congresso homenageou Fidel Castro e abordou temas como a construção da paz na região, migração, comércio, narcotráfico e desemprego.
Estiveram presentes Raúl Castro (Cuba), Rafael Correa (Ecuador), Salvador Sánchez Cerén (El Salvador), Evo Morales (Bolivia), Nicolás Maduro (Venezuela), Daniel Ortega (Nicaragua), Jocelerme Privert (Haití), David Granger (Guiana) e Charles A. Savarin (Dominica).
Castro demonstrou preocupação com a eleição de Donald Trump e as políticas que o presidente norte-americano têm encabeçado. Para ele, Trump coloca em risco os "interesses nas esferas comerciais, de emprego, nas políticas para migração e meio ambiente" dos países da Celac.
Já Correa ressaltou que dois fatos podem contribuir com o avanço da região: a presidência da Venezuela estar à frente do Movimento dos Países Não Alinhados, e o Equador estar na coalizão de nações em desenvolvimento da Nações Unidas, o G77+China.
Ao final do encontro, os presidentes publicaram a “Declaração de Punta Cana”, que, entre outros temas, aborda o desarmamento nuclear e a soberania argentina nas Malvinas. Eles também fizeram um pedido para que os Estados Unidos fechem a Base de Guantánamo, em Cuba, e cessem o bloqueio econômico que exercem contra o país caribenho.
*Com informações do Notas.org.ar
Edição: ---