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Documentário

Professor da UFRJ transforma teses acadêmicas em documentários

Os filmes discutem, entre outros temas, a exploração do trabalho e o uso de agrotóxicos na alimentação

06.fev.2017 às 18h38
Updated On 01.fev.2020 às 18h38
Rio de Janeiro (RJ)
Mariana Pitasse
Documentário “Linha de corte” conta sobre a dinâmica de precarização e exploração dos cortadores de cana no interior de São Paulo

Documentário “Linha de corte” conta sobre a dinâmica de precarização e exploração dos cortadores de cana no interior de São Paulo - Documentário “Linha de corte” conta sobre a dinâmica de precarização e exploração dos cortadores de cana no interior de São Paulo

Em um canavial no interior de São Paulo, trabalhadores cortam mais de 20 toneladas de cana por dia, sem pausa para descanso e alimentação insuficiente. Essa narrativa é real e acontece diariamente nas usinas canavieiras paulistas. O documentário “Linha de corte”, produzido pelo professor Beto Novaes, conta a dinâmica de precarização e exploração dos cortadores de cana, sob a perspectiva dos trabalhadores e das pesquisas desenvolvidas na universidade em torno da temática.

O filme foi feito a partir de um alerta dos sindicatos e movimentos de trabalhadores sobre a necessidade de mostrar as péssimas condições de trabalho nos canaviais. A partir do tema, Beto Novaes procurou pesquisas na universidade que o discutisse. Uma delas foi produzida pelo professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), Rodolfo Vilela.

A pesquisa mensura as atividades físicas que os trabalhadores têm que fazer ao cortar a cana para mostrar o desgaste físico causado pelo trabalho. Através do monitoramento das flexões de coluna, rotações e golpes dados nos pés de cana, há uma prova científica do prejuízo que o trabalho causa ao corpo humano.   

Uma das principais críticas abordadas no documentário diz respeito ao pagamento por produtividade. Ou seja: quanto mais o trabalhador corta cana, mais dinheiro ele recebe. Como a atividade nas lavouras é muito desgastante, esse sistema de remuneração é um estímulo à degradação ainda maior da saúde dos trabalhadores.

A perversidade dessa lógica reside no fato de que a responsabilidade pelo ritmo de trabalho é transferida ao cortador. Em busca de um salário mais alto, eles fazem um esforço tão grande que pode gerar paradas cardíacas e até levá-los à morte.

Dessa forma, o filme mostra que as denúncias ao Ministério Público e a fiscalização da vigilância sanitária trouxeram pequenos benefícios aos dormitórios e transporte dos trabalhadores nos últimos anos, mas isso não quer dizer que houve uma melhoria, de fato, para o cortador de cana.

Educação através das imagens

O documentário “Linha de corte” faz parte do projeto “Educação através das imagens” desenvolvido por Beto há mais de 20 anos dentro da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O professor, que é vinculado ao Instituto de Economia da UFRJ, começou a trabalhar com documentários ao perceber que grande parte das pesquisas acadêmicas ficavam fechadas nos muros universidade e não eram apresentadas à sociedade.

“Queria arrumar uma forma de colocar a produção acadêmica nas escolas e na sociedade. Então surgiu a ideia de usar a imagem, que é uma linguagem universal e didática. A partir daí comecei a selecionar temáticas, que surgiam das demandas dos movimentos sociais que tenho contato, e procurar pesquisas na universidade que tratavam sobre os assuntos”, explica Beto.

A partir dessa seleção, Beto produz o argumento e o roteiro dos documentários. Com uma pequena equipe de filmagem e edição, ele consegue finalizar os filmes com apoio da universidade e, algumas vezes, de outras instituições, como a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).  Todos os filmes estão disponíveis online no canal do YouTube “Filmografia Beto Novaes” e também são distribuídos em DVD na Editora da UFRJ.

O projeto tem mais de 30 títulos finalizados. Os mais recentes tratam de assuntos diversos. Além do trabalho nos canaviais apresentado em “Linha de corte”, “Mulheres das águas” conta sobre o modo de vida das pescadoras nos manguezais do Nordeste do Brasil. O documentário denuncia que a sobrevivência de suas famílias estão ameaçados pela poluição de grandes indústrias e pelo turismo predatório, causadores de danos ao ecossistema.

Também voltado à temática dos canaviais, “Migrantes” narra as condições de trabalho e vida dos migrantes nordestinos nas plantações de cana das modernas usinas paulistas e os motivos que os levam a migrarem de suas terras para submeterem-se a um trabalho árduo, penoso e arriscado no corte da cana.

Outra tema recorrente nos trabalhos de Beto é o uso dos agrotóxicos na produção de alimentos. O filme “Nuvens de veneno” expõe as preocupações em torno das consequências do uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos para o meio ambiente e para os trabalhadores. O documentário “Sementes”, por sua vez, retrata trajetórias de vida de mulheres agricultoras que participam ativamente dos movimentos agroecológicos no Brasil.

Além dos novos títulos, o canal do YouTube também exibe documentários antigos. Um deles é “Expedito em busca de outros nortes”. Nele, é relembrada a história de Expedito Ribeiro Souza, que sai de sua cidade em busca de terra e trabalho. O filme, que ajuda a compreender o processo de ocupação da Amazônia brasileira na ditadura militar e os problemas de concentração de terra e violência no campo, recebeu o Prêmio Margarida de Prata, CNBB, em 2007.

“É um documentário com o objetivo de resgatar memória. Em todos os trabalhos nós temos um posicionamento político claro: queremos tratar sobre as questões a partir da ótica do trabalhador”, acrescenta Beto.

Além dos filmes, o projeto “Educação através das Imagens” desenvolve oficinas com alunos de graduação da UFRJ para divulgar o material produzido. A ideia é que os profissionais formados na universidade tenham acesso aos documentários e os utilizem nas escolas, entidades sindicais ou organizações não governamentais.

Os documentários podem ser acessado no link.

Edição: Vivian Virissimo

Editado por: Redação
Tags: agrotóxicosufrj
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