Milhares de mexicanos foram às ruas de diferentes cidades do país neste domingo (13) para protestar contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e suas políticas contra o México. Os manifestantes também incluíram críticas ao mandatário do país, Enrique Peña Nieto.
Cartazes exigindo respeito ao México e criticando o muro na fronteira que Trump quer construir eram os mais vistos nas manifestações na capital do país. Os participantes também carregavam muitas bandeiras mexicanas.
Ao jornal El Universal, durante a manifestação, o historiador Enrique Krauze explicou que o protesto não é contra os EUA nem contra o povo norte-americano.
"É uma passeata contra o absurdo, a injustiça e do abuso que nossos conterrâneos, suas famílias nos EUA, e, em geral, todo o povo mexicano, está sendo vítima por parte deste monstro que por um acidente histórico ocupa a Casa Branca", afirmou Krauze.
Alguns manifestantes concordavam com o historiador e chamavam em seus cartazes o presidente norte-americano de "narcisista e psicopata". Em outro, Trump era comparado a Adolf Hitler.
#vibraMéxico
O protesto, que contou com a presença de muitas famílias e no qual as pessoas vestiam branco, foi convocado pelas redes sociais com a hashtag #vibraMéxico". Foram registrados atos na Cidade do México, Mérida, Villahermosa, Guadalajara, Monterrey, Hermosillo, Colima, León, Irapuato e Morelia.
Na capital, a manifestação pretendeu "expressar rejeição e indignação diante das pretensões do presidente Trump, e contribuir para a busca de soluções concretas para os desafios implicados por elas", de acordo com os organizadores, que definem o movimento como apartidário e pacífico.
Entre as mais de 70 organizações que se uniram à iniciativa estão a Anistia Internacional e a Universidade Nacional Autônoma do México (Unam).
Além do #vibraMéxico, outro movimento, batizado como "Mexicanos Unidos", saiu às ruas contra o muro de Trump e em defesa da dignidade e dos direitos dos imigrantes mexicanos nos EUA.
O presidente do México também não escapou das críticas dos manifestantes. Alguns cartazes questionavam o governo e pediam a saída de Peña Nieto.
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