ELEIÇÕES

Correa critica 'erro' na apuração e diz que Lenín vencerá eleição no Equador

Para presidente do Equador, conservador Guillermo Lasso é 'adversário mais fácil de derrotar' em nova rodada do pleito

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“Tudo indica que venceremos no segundo turno”, disse Correa
“Tudo indica que venceremos no segundo turno”, disse Correa - Arquivo/Agência Brasil

O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta quarta-feira (22) que Lenín Moreno, candidato da Aliança País à Presidência, ficou “a meio ponto” de vencer no primeiro turno, realizado no último domingo (19), e garantiu que a chapa governista irá vencer no segundo turno.

Em entrevista à imprensa estrangeira na sede do governo, em Quito, o presidente apontou o cenário adiantado pelo CNE (Conselho Nacional Eleitoral) do Equador, que adiantou na terça-feira (21) que a tendência da apuração indica a realização do segundo turno entre Lenín e Guillermo Lasso, candidato da aliança conservadora Creo.

Neste momento, com 99,08% dos votos apurados, o governista Lenín tem 39,35% dos votos, enquanto Lasso tem 28,14%. No país, para se vencer a eleição no primeiro escrutínio, é preciso que o líder – no momento, o candidato do governo – tenha ou 50% mais um voto ou consiga 40% e mantenha uma diferença superior a 10 pontos percentuais em relação ao segundo colocado.

“Tudo indica que venceremos no segundo turno”, disse Correa, acrescentando que Lasso é o melhor adversário para Lenín nessa segunda rodada. “Sabemos os milhões que tem, a ajuda da imprensa nacional e internacional”, afirmou. “A decisão final está nas mãos do povo equatoriano. Se vence a direita, esta é a democracia. Oxalá aconteça o melhor possível, apesar de que o que estão propondo [a direita] quebraria o país em três meses”, disse o presidente.

Correa também repetiu as críticas da Aliança País à atuação do CNE, que indicou a tendência de segundo turno antes do resultado definitivo da apuração, assim como a problemas em atas do exterior que afetam diretamente o partido. O presidente afirmou que houve “mau procedimento” na contagem de votos, um “erro sistemático” que fez com que a oposição armasse um “show de nada” sobre o segundo turno.

Além de Lenín e Lasso, outros sete candidatos disputaram a Presidência do Equador. Com 99,08% dos votos apurados, Cynthia Viteri, do PSC (Partido Social Cristão), tem 16,27% – e já declarou apoio a Lasso em um eventual segundo turno; Paco Moncayo, da aliança de esquerda Acordo Nacional pela Mudança, tem 6,73% dos votos computados;  Dalo Bucaram, do movimento Força Equador, filho do ex-presidente deposto Abdalá Bucaram (1996-1997), tem 4,81%; Iván Espinel, do movimento Força Compromisso Social, tem 3,18%; Patricio Zuquilanda, do PSP (Partido Sociedade Patriótica), tem 0,77%; e Washington Pesántez, do Movimento União Equatoriana, com 0,75%.

Edição: Opera Mundi