O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta segunda-feira (27) que pedirá um aumento de 54 bilhões de dólares, cerca de 9,3%, no orçamento dos Departamentos de Defesa e de Segurança para o ano fiscal 2018, que começa em outubro. O diretor de orçamento da Casa Branca, Mick Mulvaney, confirmou que a proposta orçamentária será de 603 bilhões de dólares, “um dos maiores aumentos da história”, e outras áreas terão cortes equivalentes.
Mulvaney afirmou que serão cortados gastos com cooperação internacional e outros “programas que simplesmente não funcionam”. O programa de saúde Medicare e a previdência social não serão afetados, garantiu Steven Mnuchin, secretário do Tesouro dos Estados Unidos. Segundo reportagem publicada neste domingo (26/02) pelo jornal The New York Times, Trump também pretende cortar verbas federais da Agência de Proteção Ambiental.
Trump detalhou o aumento “histórico” em gastos militares durante um encontro com a Associação Nacional de Governadores na Casa Branca, destacando que o seu orçamento para o ano fiscal 2018, que será entregue ao Congresso em março, se concentrará na “segurança” dos EUA. “Este orçamento será de segurança pública e segurança nacional", enfatizou Trump, que prometeu "fazer mais com menos" e acrescentou que é necessário que os Estados Unidos "comecem a ganhar as guerras de novo". “Antes dizíamos que os EUA nunca perdiam uma guerra, agora não ganhamos nenhuma. É inaceitável”, declarou.
Trump também pedirá 30 bilhões de dólares em gastos militares suplementares para o ano fiscal 2017, segundo o Washington Post. Em comparação, a administração Obama pediu 582,7 bilhões de dólares para financiar o Departamento de Defesa no ano fiscal de 2017, incluindo os 58,8 bilhões de dólares para o fundo de "operações de contingência no exterior". O Congresso finalmente autorizou um total de US $ 619 bilhões.
A Casa Branca irá enviar a proposta de Trump para análise dos departamentos federais, para que cada uma delas elabore seus planos para enviar a minuta orçamentária ao Congresso, que, controlado pelos republicanos, tem a palavra final sobre o orçamento.
Edição: Opera Mundi