Saiba mais sobre esta peruana que valorizou a música popular de seu país. Ela faleceu há 34 anos, em 8 de março de 1983
María Isabel Granda Larco, mais conhecida como Chabuca Granda, foi uma das compositoras contemporâneas peruanas mais importantes não só em seu país, mas na América Latina e no mundo.
Chabuca escreveu cerca de 500 músicas, cumprindo um papel muito importante no resgate e valorização dos ritmos tradicionais peruanos, mas também os de origem afro, que durante muito tempo tinham sido desprezados por motivos racistas.
No Brasil, a cantora e compositora ficou um pouco mais conhecida quando Caetano Veloso lançou o álbum Fina Estampa, incluindo a música de mesmo nome, de autoria de Chabuca.
Chabuca cantava desde criança e, em 1937, fez parte da dupla Luz y Sombra, com Pilar Mujica Álvarez Calderón. Curiosamente, seu trabalho começou a ter um maior reconhecimento após ela se divorciar de seu esposo brasileiro, Enrique Demetrio Fuller da Costa, com quem tivera três filhos.
As músicas da compositora homenageiam pessoas, conhecidas ou não do Peru, assim como o próprio país. E ela também fez músicas que não foram alheias à realidade política peruana. Assim, dedicou um ciclo de músicas ao poeta e guerrilheiro Javier Heraud, assassinado pela polícia em 1963. Em sua música “Cardo o ceniza”, ela homenageou outra compositora fundamental latino-americana, a chilena Violeta Parra.
No dia 8 de março de 1983, Chabuca morreu de uma disfunção cardíaca em uma clínica nos Estados Unidos, deixando uma obra que é recriada até os dias de hoje por artistas de várias partes do mundo.
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Mosaico Cultural
Locução: Julia Dolce
Produção: Mauro Ramos
Sonoplastia: Jorge Mayer
Edição: Daniela Stefano