Política

Vice-presidente da Colômbia renuncia ao cargo para se candidatar à presidência

Segundo constituição colombiana, vice deve renunciar um ano antes das eleições para poder disputar pleito

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Vargas Lleras é neto do ex-presidente colombiano Carlos Lleras Restrepo (1966-1970)
Vargas Lleras é neto do ex-presidente colombiano Carlos Lleras Restrepo (1966-1970) - Arquivo/Presidência da Colômbia

Germán Vargas Lleras, vice-presidente da Colômbia, confirmou na terça-feira (14) que vai renunciar ao cargo de senador para poder se candidatar à presidência em 2018. "Protocolarei no Senado a renúncia ao cargo que venho exercendo até o momento", disse, em um ato no qual fez o balanço de sua gestão como vice-presidente.

As eleições presidenciais da Colômbia serão realizadas em maio de 2018; e, em caso de segundo turno, este ocorrerá em agosto. Vargas Lleras vai se utilizar da reforma constitucional, que permite que os vice-presidentes renunciem ao cargo um ano antes das eleições para se candidatar à presidência.  

Ele reiterou que a reforma constitucional o obrigava a protocolar sua renúncia até esta quarta-feira. Apesar de não ter tomado uma "decisão definitiva" sobre a candidatura, Vargas Lleras não quis descumprir os prazos para ficar inabilitado à presidência, cargo que disputou com o próprio Santos em 2010.

Vargas Lleras é neto do ex-presidente colombiano Carlos Lleras Restrepo (1966-1970). Antes de assumir o cargo de vice-presidente, ele era ministro do Interior e vem acompanhando o presidente Juan Manuel Santos desde 2010 em vários cargos governamentais. Em fevereiro, Vargas protagonizou uma polêmica quando realizou várias declarações xenófobas contra a população venezuelana. O episódio foi rechaçado pela comunidade internacional e gerou uma declaração de Santos em que chamada a atenção do vice.

Com sua saída, o general da reserva Óscar Naranjo ocupará o posto, escolhido pelo próprio chefe de Estado, Juan Manuel Santos. Vargas Lleras disse estar feliz de a responsabilidade ser assumida por Naranjo, que foi diretor da polícia e membro da equipe de negociação de paz do governo com as FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

Edição: Vivian Fernandes