Cerca de um milhão de espanhóis foram morar fora do país desde o início da crise econômica na Espanha, apontam dados oficiais divulgados nesta semana pelo INE (Instituto Nacional de Estatística). Segundo o registro do governo, a população espanhola residente no exterior passou de 1.471.691 em 2009 para 2.406.611 em 2017, um aumento de cerca de 63%.
A pesquisa indica que há cada vez mais espanhóis fora do país em busca de condições de vida melhores. Em 2013, no auge da crise econômica, a taxa de desemprego na Espanha alcançou quase 27%. Apesar do recuo da crise depois de 2013 e o crescimento do PIB desde 2014, o número de espanhóis que emigraram tem crescido nos últimos oito anos, mas vem apresentando uma leve desaceleração, indicou a pesquisa. Em 2016, houve um aumento de 4,4% da população residente no exterior, em comparação com 5,6% em 2015 e 6,1% em 2014.
Dos novos registros deste ano, 53,7% foram realizados no continente americano, o que representa mais de 96 mil. Desse total, mais de 66 mil nasceram no país onde residem agora, o que indica que grande parte dos migrantes são latino-americanos com nacionalidade espanhola que voltaram a seus países de origem.
Segundo os dados do INE, os países com mais espanhóis em janeiro de 2017 eram a Argentina (448.050), França (243.582) e Venezuela (180.497), que neste ano teve uma diminuição de 4% no número de espanhóis vivendo no país.
Edição: Opera Mundi