Produção de 2017 deve ser 40% maior do que a do ano passado
Uma festa que marca a resistência de uma produção livre de venenos e transgênicos no sul do país.
A Abertura da Colheita do Arroz Agroecológico ocorre há 14 anos.
A atividade do dia 17 de março comemorou a produção do arroz orgânico por 22 assentamentos da reforma agrária, distribuídos em 16 municípios do Rio Grande do Sul.
A estimativa para este ano é colher mais de 27 mil toneladas de arroz. Um aumento de 40% na produção em relação ao ano passado.
Segundo os agricultores ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, esses números indicam que o Terra Viva, nome da marca, é a maior produção de arroz orgânico da América Latina.
Nilvo Bosa, da coordenação da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita, a Coopan, fala sobre a escolha pelo modelo agroecológico.
"Traz qualidade de vida para quem consome, qualidade de vida para as famílias e bem-estar, a preservação do meio ambiente, trabalhando de uma forma orgânica, ecologicamente correta, respeitando o processo das plantas no seu tempo. Assim o ecossistema está completo", apontou.
A abertura da colheita contou com a presença do dirigente nacional do MST, João Pedro Stedile. Em entrevista à TVT, ele falou sobre a importância da produção agroecológica.
“Aqui é a prova concreta de que é possível praticar uma agricultura saudável com base nas técnicas da agroecologia para produzir alimentos para o mercado interno para o povo brasileiro comer bem e bom que é o nosso arroz orgânico que há 15 anos vem se desenvolvendo e que a cada ano vai aumentando produção”, destacou.
Além dos grãos, os assentamentos também produzem sementes, envolvendo 25 famílias em 9 assentamentos.
A estimativa é colher mais de 22 mil sacas neste ano.
Edição: Brasil de Fato