A perícia identificou que ao menos um dos cinco tiros que atingiram Maria Eduarda, de 13 anos, partiu da Polícia Militar. A estudante foi morta dentro da Escola Municipal Daniel Piza, na zona norte do Rio de Janeiro.
Maria Eduarda bebia água no bebedouro da escola quando foi atingida por cinco tiros: dois do lado direito do pescoço, que foram a causa da morte; dois nas nádegas e; outro na coxa esquerda.
O assassinato da estudante ocorreu durante uma perseguição policial com troca de tiros no bairro onde fica a escola. O policial autor do tiro foi um dos profissionais presos em flagrante na última sexta-feira (31) por homicídio qualificado.
De acordo com informações da GloboNews, a perícia realizou o exame de confronto balístico e comparou o projétil retirado do corpo da menina com o do grupo que trocava tiros com a PM no dia do crime. A conclusão foi de que a cápsula era de um fuzil 7.62, de modelo PARAFAL, utilizado pela polícia.
A prisão dos policiais ocorreu após a divulgação de um vídeo no qual eles aparecem atirando em dois homens rendidos. Na versão apresentada pelos policiais, os homens ofereciam perigo. O depoimento, no entanto, não convenceu o delegado responsável pelas investigações, André Leiras.
A Divisão de Homicídios (DH) ainda tenta identificar outros policiais militares envolvidos na operação. O órgão continua com as análises para concluir a investigação do assassinato da estudante e divulgar o laudo oficial.
Edição: Vanessa Martina Silva