Loja do MST com produtos orgânicos vindos de assentamentos foi inaugurada em agosto de 2016
Produtos orgânicos com preço justo vindos de assentamentos da reforma agrária tem um endereço certo na capital paulista.
Alameda Eduardo Prado, número 499, no bairro Campos Elíseos, na região central.
É onde funciona o Armazém do Campo. Loja inaugurada em agosto do ano passado pelo MST, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
O músico Paulo Passos, de 47 anos, é morador do bairro e já é frequentador assíduo da loja. Ele acha que a ideia deveria ser ampliada.
"É muito interessante a ideia porque são uma central da produção nacional. Então você tem acesso a produtos que não encontra geralmente. E tem também a razão do ambiente que eles criaram, que é agradável. Desde o começo eu tenho vindo aqui. Que sorte que no bairro onde eu moro, mas tem q ter um desse em cada bairro, para aumentar a escala", destacou.
A médica Valéria Nador, de 57 anos, trabalha próximo ao Armazém e, mesmo com o tempo corrido, faz questão de ir sempre que dá tempo.
"O Brasil é um dos países que mais tem agrotóxico no mundo, que a gente vê os casos de câncer aumentando estupidamente. Minha mãe já usa sem agrotóxico há muito tempo, então eu prefiro", apontou.
Além da venda dos produtos, o local virou ponto de encontro nas noites de sextas-feiras com as apresentações culturais. Tem também um café aberto durante todo o dia.
Outro destaque entre os serviços da loja é a venda de cestas especiais em períodos comemorativos, como o Natal e a Páscoa.
Rodrigo Teles, gerente do local, explica a proposta.
"No final de 2016, o Armazém do Campo desenvolveu um site para venda de cestas de Natal. E nós comercializamos algumas cestas e a experiência foi muito boa. Trouxe um papel de aproximação com os clientes que frequentam o Armazém e os que não conheciam puderam conhecer os produtos", disse.
São três tipos de cestas que podem ser adquiridas no site cestas.armazemdocampo.com.br
E a boa notícia para o músico Paulo é que a ideia de uma loja da reforma agrária já se espalha pelo país.
Rio de Janeiro, Brasília e Curitiba já discutem uma proposta. E em Belo Horizonte ela já tem data para ocorrer: julho deste ano.
Edição: Brasil de Fato