Nesta terça-feira (11), estudantes chilenos voltam às ruas de várias cidades do país para protestar contra a reforma da educação. Na convocatória, os jovens do país sulamericano reivindicam o fim do objetivo de lucro em toda a educação superior – sendo a gratuidade como um direito –, a eliminação do endividamento, além do perdão das dívidas e da transferência para instituições estatais de estudantes pertencentes a universidades que encerraram suas atividades ou que estão próximas a fecharem.
“Hoje, a reforma não se coloca como responsável pela crise nem pelo quase 1 milhão de estudantes endividados por aquilo que deveria ser um direito”, afirmou o representante da Confederação de Estudantes do Chile (Confech) Daniel Andrade.
Da mesma forma, a integrante da Coordenadora Nacional de Estudantes Secundaristas (Cones), Francisca Flores, assinalou que o Estado deve se responsabilizar pelas escolas e para que não haja uma educação sexista.
“É necessário que o Estado seja responsável por suas escolas e garanta uma educação sem discriminação, que não seja sexista. No 11 de abril, convidamos todos e todas a irem às ruas, particularmente a nossas companheiras, porque são elas as mais excluídas por esse modelo educativo”, disse Flores.
A esta marcha se somam representantes de outros movimentos populares, como a Coordenação No + AFP (contra a Previdência privada no Chile) e o Sindicato de Professores, que, diferentemente de anos anteriores, irá se unir à convocatória dos estudantes, pelo fato de as demandas coincidirem entre ambos os setores.
Edição: Telesur | Tradução: Vivian Fernandes