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Música, diálogo e poesia marcam lançamento da Feira da Reforma Agrária nesta quinta

Evento no Armazém do Campo inicia os diálogos com a sociedade paulistana sobre a feira, que acontecerá no início de maio

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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O Rio de Janeiro também já recebeu uma edição da feira, em sua versão estadual
O Rio de Janeiro também já recebeu uma edição da feira, em sua versão estadual - MST

A data da 2º Feira da Reforma Agrária em São Paulo (SP) se aproxima. Para o lançamento da segunda edição do encontro, que reunirá feirantes de todas as localidades brasileiras e suas produções no início de maio, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) organiza um ato político-cultural com música e poesia para esta quinta-feira (13), às 19h, no Armazém do Campo, no centro de São Paulo.

O evento contará com atividades culturais, trazendo a presença do sarau “Música, Prosa e Poesia”, além de conversas ligadas à vida no campo e ao tema central da feira: a reforma agrária popular. Quem conta isso é um dos membros do setor de produção do MST, Milton Farnazieri.

“Vamos dialogar com o público presente sobre o campo, a produção saudável e os assentamentos da reforma agrária a partir das experiências que estamos tendo nos estados, dentro dos assentamentos, onde direcionamos essa questão da produção de alimentos limpos, sem veneno e diversificados tanto para as famílias assentadas, como para a sociedade”, diz.

Feira

A segunda edição da feira acontece entre os dias 4 e 7 de maio no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP). Além de trazer a diversidade da culinária da terra produzida de forma sustentável e agroecológica, a feira também tem como objetivo realizar um contraponto ao cenário político nacional, mostrando todas as dimensões da luta pela reforma agrária popular construída pelo movimento e dialogar com a sociedade sobre a necessidade de uma transição do atual modelo agrícola para um modelo que respeite o trabalhador e o meio ambiente.

Com caráter nacional, o encontro contará com mais de 600 feirantes de todas as regiões e estados brasileiros. De acordo com o MST, 250 toneladas de produtos produzidos nos assentamentos serão comercializados ao longo dos quatro dias.

Sobre as expectativas do movimento, Fornazieri compartilha que a expectativa para essa segunda edição é alta: “É um momento de dialogarmos com a sociedade de São Paulo, de mostrarmos um pouco dos resultados obtidos pela reforma agrária e falar sobre isso e a importância de a sociedade urbana apoiar a reforma agrária popular”, diz.

Neste ano, a feira contará com maior diversidade de produtos do que em sua primeira edição, em 2015, com produtos de origem animal e vegetal, além do artesanato produzido nos assentamentos. “Vamos buscar mostrar para a sociedade a importância de produzirmos produtos sem uso de agrotóxico, de trabalharmos na lógica da produção agroecológica”, conta o diretor do setor de produção.

Diversos alimentos produzidos pelo MST em seus assentamentos já possuem caráter agroecológico e os que ainda não o são completamente, caminham para ser.

Farnazieri conclui lembrando que os quatro dias da segunda edição da feira não se restringem a comercializar e divulgar a produção de alimentos, mas também pretendem “resgatar e mostrar um pouco do que é a vida dentro de um assentamento, a parte da produção, mas também do lazer, da cultura, da vivência no campo e a parte da educação”.

Serviço

Armazém do Campo

Alameda Eduardo Prado, 499 - Campos Elíseos.

Metrô: Marechal Deodoro.

Telefone: (11) 2131-0880.

Edição: Vanessa Martina Silva