Na manhã desta terça-feira (2), os três militantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), que estão detidos desde a última sexta-feira (28), foram levados para o CDP, Centro de Detenção Provisória da Vila Prudente, em São Paulo (SP).
De dentro do carro que os levaria para o CDP, Juraci Alves dos Santos, um dos militantes presos afirmou que seguirá na luta e que se encontra bem, conforme registrou a reportagem da Rádio Brasil Atual.
“Continuar na luta, agora que eu sou mesmo MTST de verdade, gente. Se eu sou militante do MTST, agora é que eu vou ser mais ainda, avisa lá que tá tudo bem e o Jura está bem e vai resistir”
Ainda sem julgamento, os três militantes ficam presos no CDP, como explica o coordenador do movimento, Josué Rocha, à reportagem do Mídia Ninja:
"Centro de Detenção Provisória ou CDP é onde (o acusado) fica esperando o julgamento, quando foi preso em flagrante ou tem prisão preventiva decretada e ainda não foi julgado. E é pra lá que eles (os presos políticos) estão indo.”
Segundo Rocha, não há prova nenhuma para a prisão de Juraci Alves dos Santos, Luciano Antonio Firmino e Ricardo Rodrigues dos Santos. E que, portanto, a prisão tem motivações políticas: "A permanência deles na prisão tem meramente um caráter político, não há nenhuma prova que relacione eles a nenhum ato ilícito. Então eles querem, de fato, um exemplo mesmo em relação a um dia vitorioso, que foi o dia da greve geral."
Os três militantes foram detidos de forma ilegal em Itaquera, durante manifestação da greve geral contra as reformas trabalhista e da previdência na última sexta-feira. Eles são acusados de incêndio e explosão. No entanto, a única prova contra eles é a palavra dos próprios policiais, segundo os advogados do movimento.
Às seis da manhã desta segunda-feira, centenas de militantes do MTST participaram de um ato em solidariedade aos três presos políticos, em frente a 63ª DP da Vila Jacuí, na zona leste de São Paulo, onde eles estavam detidos.
Edição: Vivian Fernandes