Coluna

O "novo" de FHC, Doria e Huck, objetiva apenas enganar incautos

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FHC começa a olhar para daqui um ano quando, em princípio, estão marcadas para outubro eleições presidenciais
FHC começa a olhar para daqui um ano quando, em princípio, estão marcadas para outubro eleições presidenciais - Foto: Arquivo/Agência Brasil
Se os dois são da safra de “novos”, o Brasil está mal

Sabem da última? O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso declarou em alto e bom som que considera “novo” neste momento o prefeito de São Paulo, João Doria, e o global Luciano Huck. Se os dois são da safra de “novos”, o Brasil está mal. Mas como se trata de uma conclusão de FHC, o novo no caso não tem nenhum valor e apenas foi mencionado para enganar mais uma vez os incautos.

Luciano Huck dispensa apresentação, além de ser uma figura global, só aparece porque se trata de uma síntese do esquema da mediocridade, mas galgado a estrela por um esquema midiático manipulador.

Quanto a João Dória, FHC começa a olhar para daqui um ano quando, em princípio, estão marcadas para outubro eleições presidenciais. Como o PSDB de Cardoso está despencando com os três candidatos, Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra, FHC procura fortalecer o que a mídia comercial conservadora vem fazendo o possível para não ter apoio somente em São Paulo.

Vale esclarecer o “em princípio” inserido acima. Se a oligarquia golpista que tomou conta do Brasil via Parlamento, mídia e judiciário sentir que pode perder as rédeas na eleição presidencial marcada para outubro de 2018, não se exclui a possibilidade de aprovar no Congresso a mudança do presidencialismo para o parlamentarismo. Já fizeram isso antes, mas o povo conseguiu reverter posteriormente nas urnas. Em consultas plebiscitárias, os eleitores rejeitaram o parlamentarismo duas vezes pelo menos.

É a realidade e FHC só está em evidência porque tem garantido espaço na mídia comercial conservadora, onde volta e meia dita regras do tipo que já levaram o Brasil em sua gestão para o buraco e agora o golpista Michel Temer repete a história, por sinal de forma ainda mais sectária.

FHC na verdade é um político da pior espécie, isto é, aproveita-se dos incautos para tentar enganar a opinião pública com discursos onde são utilizadas palavras que cativam setores dos mais retrógrados na política brasileira atual.

Grave denúncia agora envolve ex-prefeito do Rio de Janeiro

O Jornal do Brasil fez uma grave denúncia contra o ex-prefeito carioca, Eduardo Paes, do PMDB. Segundo a publicação, Paes retirou dinheiro que seria destinado a obras de infraestrutura no Morro do Pinto e aplicou a verba no Museu do Amanhã. A denúncia se baseia na gestão da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), que apontou a irregularidade cometida por Paes.

É preciso, agora mais do que nunca ir a fundo nessa denúncia, não dando trégua a quem se encarregar do caso, porque em matéria do referido museu o sistema Globo tem muito interesse e toda a vez que isso acontece a opinião pública acaba não sendo informada sobre conclusões de investigações.

Trocando em miúdos, confirmada a grave denúncia não será possível ocultá-la, bem como não exigir que o ex-prefeito, atualmente vivendo com a família em Nova York, seja responsabilizado e a verba volte a ser destinada para o fim inicial.

O fato de se exigir uma investigação rigorosa deve ser sustentada pela Justiça e exigida pelo Poder Legislativo. Quanto à cobrança a ser feita pela Câmara dos Vereadores, é mais do que necessária a pressão popular para evitar que os próceres do PMDB com maioria na referida Casa evitem que se chegue à verdade dos fatos.

Tanto a capital do Estado como o próprio Estado estão sob o domínio político do PMDB, mesmo sendo o atual Prefeito Marcelo Crivella de um outro partido, mas se esforçando no sentido de seguir as exigências de rigor fiscal em detrimento de servidores municipais feitas pelo governo golpista de Michel Temer, também do PMDB.

O fato é que os cariocas e fluminenses cobram com rigor investigações de todos os tipos para se conhecer com precisão eventuais mutretas ocorridas nos últimos anos sob a chancela do PMDB, no caso representado por Sérgio Cabral, Luiz Fernando Pezão e o anterior prefeito Eduardo Paes.

Relator da (pseudo) reforma da Previdência acusado de falcatrua

É necessário acompanhar de perto os procedimentos dos parlamentares e exigir que se investiguem as recentes denúncias contra o relator da (pseudo) reforma da Previdência, deputado Rogério Marinho, do PSDB do Rio Grande do Norte, segundo as quais ele participara de uma empresa, a Preservice Recursos Humanos, que coagia empregados demitidos a devolverem a multa do FGTS.

Inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) já investiga a denúncia sobre o envolvimento de Rogério Marinho na referida empresa terceirizada que coagia funcionários demitidos a renunciar às verbas rescisórias e a devolver a multa do FGTS. Sendo assim, a empresa se apropriou ilegalmente de 338 mil reais devidos a mais de 150 trabalhadores, segundo garante o Ministério Público do Trabalho (MPT).

Para variar o acusado repete o que dizem todos os acusados de alguma irregularidade, ou seja, de que “não tem nada a ver com isso”.

* Mário Augusto Jakobskind é jornalista, integra o Conselho Editorial do Brasil de Fato no Rio de Janeiro, escritor e autor, entre outros livros, de Parla - As entrevistas que ainda não foram feitas; Cuba, apesar do Bloqueio; Líbia - Barrados na Fronteira e Iugoslávia - Laboratório de uma nova ordem mundial.

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