Cooperativa ligada ao MST produz sementes de hortaliças, grãos, forrageiras e plantas ornamentais
É fundamental colocar alimentos de qualidade na mesa de todos. Ainda mais nos dias de hoje, que consumimos muitos produtos industrializados.
O trabalho da rede Bionatur, uma marca da Conaterra, a Cooperativa Agroecológica Nacional Terra e Vida, mostra que isso é mais do que possível, é realidade.
A cooperativa, ligada ao MST, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra, produz sementes agroecológicas de hortaliças, grãos, forrageiras e plantas ornamentais.
A experiência com a produção de alimentos não modificados geneticamente e sem veneno começou em 1997, em Candiota, no Rio Grande do Sul.
No começo, participavam 12 famílias assentadas, mas hoje a produção expandiu e já são 180 famílias trabalhando.
Alcemar Adílio, coordenador da empresa, explica como funciona esse trabalho.
“Nós temos grupos de produção de sementes nos assentamentos, os agricultores produzem a semente e a gente leva para cooperativa. Lá a gente faz o beneficiamento, alguns controles e transforma em pacotes, sachês, latas e comercializa para o público em geral, em feiras e outros espaços que a gente têm abertura para trabalhar.”
A semente crioula é um dos tipos comercializados pela Bionatur. Elas são tradicionalmente passadas de geração para geração e reconhecidas pelas comunidades.
Essas sementes nativas livram os agricultores dos pacotes tecnológicos das grandes empresas do setor.
Assim, as práticas agroecológicas diminuem a dependência dos agricultores daqueles que só querem lucrar com a produção de alimentos, como destaca Alcemar.
“É fundamental colocar alimentos de qualidade na mesa do povo, ainda mais nos dias de hoje. A alimentação está virando mercadoria, negócio. Ter alimentação saudável e vinda do agricultor é princípio básico.”
Além do Rio Grande do Sul, a Bionatur reúne famílias do estado de Minas Gerais.
Edição: Brasil de Fato