A aprovação de uma PEC é absolutamente constitucional
Com o tsunami político resultante das delações premiadas, comprovadas por áudio e vídeo, ficou claro de como o Brasil foi governado de forma ilegítima neste um ano. O golpista Michel Temer na prática tornou-se um fantasma político sem condições de continuar no cargo. Acabou mesmo!
Mas as raposas políticas da oligarquia, haja vista o pronunciamento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, demonstram receio de que o substituto de Temer seja escolhido pelo povo em eleição direta e não por meio do Congresso. Uma pergunta que deve ser feita a Cardoso e todos os defensores de uma eleição indireta: por que não uma consulta popular ainda mais pelo fato de o Congresso ser o que é, ou seja, totalmente dominado pelo poder econômico com parte representativa dos parlamentares sendo investigados.
Qual é o problema de se aprovar uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para a realização de eleições presidenciais diretas. Impressionante é como os analistas de sempre repetem, como papagaios de pirata, os argumentos de FHC, também seguido pelo decano do Supremo Tribunal Federal, Ministro Celso de Melo.
A aprovação de uma PEC é absolutamente constitucional e só mesmo um político do gênero Cardoso pode dizer ao contrário. Trata-se, vale relembrar, de um ex-presidente acusado de comprar parlamentares para aprovar emenda de reeleição.
Na verdade, o que FHC quer assegurar é a continuidade das reformas propostas que estão levando o País a caminhar para trás. Tudo que ele tentou aprovar quando era presidente, mas não conseguiu.
O Brasil agora está numa encruzilhada, ou segue o caminho Temer-Cardoso para o abismo ou então viverá um novo momento com um projeto de interesse da maioria do povo brasileiro, que passa também por uma eleição presidencial direta. E no caso do futuro presidente que se comprometa a revogar o que o governo Temer aprovou em matéria de retrocesso com o apoio do Congresso. Aí é o povo o melhor juiz para decidir.
Incríveis também são as afirmações, bastante questionáveis, segundo as quais as novas denúncias prejudicaram a economia, que, segundo fontes do governo Temer, estavam em plena recuperação. Essa tese foi divulgada pela mídia comercial conservadora como se fosse uma verdade absoluta. Fica parecendo mesmo o velho esquema do chefe do Departamento de Propaganda do III Reich nazista, Joseph Goebbels, de que uma mentira repetida muitas vezes acaba se tornando uma verdade.
É o caso de se lembrar também que quando o Congresso decidia o afastamento da presidenta constitucional Dilma Rousseff, os parlamentares diziam que o Brasil ia melhorar etc tal. Enganaram os incautos, muitos dos quais saíram às ruas achando que a verdade estava sendo propagada. Onde estão agora os tais deputados e senadores? Escondidos e com medo de serem investigados por malfeitos.
É hora, portanto, de o Brasil parar de andar para trás e encontrar o caminho certo para reduzir as desigualdades sociais. Basta de Temer e outros escamoteadores da realidade como Fernando Henrique Cardoso.
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