CURITIBA

Ato em Curitiba cobra 'Diretas Já' e reforma no sistema político

Cerca de 300 pessoas se reuniram na Praça Santos Andrade, no centro da capital paranaense

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Concentração iniciou na Praça Santos Andrade e seguiu até a Câmara Municipal, onde servidores municipais acampam contra "pacote de maldades"
Concentração iniciou na Praça Santos Andrade e seguiu até a Câmara Municipal, onde servidores municipais acampam contra "pacote de maldades" - Pedro Carrano

'Fora Temer' e 'Diretas Já' foram as duas palavras de ordem de unidade na manifestação realizada na tarde deste domingo (21), no Centro de Curitiba. A concentração começou às 14h na praça Santos Andrade, e partiu em marcha pela Rua João Negrão até a Câmara Municipal, onde servidores municipais estão acampados em protesto contra o 'pacotaço' do prefeito Rafael Greca (PMN). Apesar da chuva que caiu na capital paranaense, cerca de 300 pessoas participaram do protesto.

O ato unificado foi puxado Frente Brasil Popular, Fórum de Lutas 29 de abril e Frente Resistência Democrática. "Só a luta nas ruas e que pode trazer a mudança que a gente quer", aponta a militante do Levante Popular da Juventude, Luana Bach, que participou da mobilização. "O Congresso que está lá em Brasília não representa o povo", completa.

Integrante da coordenação do Sindicato dos Servidores Estaduais da Saúde do Paraná (Sindsaúde), Elaine Rodela avalia a situação. "É um momento histórico para nós e as forças populares precisam estar unidas".

Constituinte exclusiva 

 Junto de pauta por eleições diretas para a presidência da república, alguns pronunciamentos também apontaram para a necessidade de convocação de uma assembleia constituinte exclusiva e soberana do sistema político. "Precisamos ter novas instituições no nosso país. Para isso, precisamos de diretas, mas também da Constituinte", disse André Machado, presidente municipal do Partido dos Trabalhadores de Curitiba.

Integrante da Frente Brasil Popular, Pedro Carrano concorda com a avaliação."Estamos começando a luta pelas diretas, e depois temos que chegar na luta pela constituinte exclusiva e soberana para o Brasil, para dizer qual o projeto de país queremos", garante.

Pacote de maldades

Num cenário nacional de corte de direitos – especialmente após a aprovação, na Câmara de Deputados, da reforma trabalhista de Michel Temer, que precariza as condições de trabalho ao legalizar a ampla terceirização – a Prefeitura de Curitiba segue a linha política de privilegiar grandes empresários posta em prática pelo Governo Federal. 

Desde o dia 16 de maio, servidores municipais de Curitiba estão acampados em frente à Câmara Municipal, na Praça Eufrásio Correia, em protesto contra  o “Plano de Recuperação de Curitiba”, projeto do prefeito Rafael Greca que é chamado de "pacote de maldades" pelos trabalhadores e trabalhadoras.

A proposta reúne 12 medidas de ajuste fiscal sob a justificativa de conter a crise econômica na cidade. Sindicatos e trabalhadores, porém, apontam que grande parte do plano afeta diretamente os direitos dos servidores municipais e da população, enquanto preserva os privilégios dos grandes empresários.
 

Edição: Franciele Petry