O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou, nessa segunda-feira (23), um recurso para o plenário do Supremo Tribunal Federal para defender a prisão preventiva do senador afastado Aécio Neves e do deputado federal licenciado Rodrigo Rocha Loures.
Na semana passada, o ministro Edson Fachin rejeitou individualmente o pedido de prisão e aceitou apenas o afastamento dos parlamentares do mandato. As acusações tem como base as informações prestadas no acordo de delação premiada dos executivos da empresa JBS.
No recurso, Janot afirma que a prisão de Aécio e de Loures é “imprescindível para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”. O procurador justifica que há no inquérito aberto pelo Supremo escutas telefônicas e outras provas que demonstram que eles atuaram para obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
Em depoimento de delação premiada, o empresário Joesley Batista disse que pagou este ano R$ 2 milhões em propina a Aécio Neves, para que ele atuasse em favor da aprovação da Lei de Abuso de Autoridade e anistia ao caixa 2 em campanhas eleitorais. Também em depoimento, os donos da JBS afirmam que Rocha Loures recebeu R$ 500 mil para interceder em assuntos de interesse do grupo.
A defesa de Aécio informou em nota que, com relação ao pedido da PGR, aguarda ser intimada para apresentar seus argumentos, e que vai demonstrar a impropriedade e o descabimento do pedido. E acrescentou que ainda hoje vai entrar com um agravo contra a decisão de Fachin que afastou o senador do cargo.
Já os advogados de Rocha Loures argumentam que não há qualquer motivo para a prisão do deputado, e afirmam que Loures vai prestar todos os esclarecimentos devidos no momento oportuno.
(*) Com informações da Agência Brasil.
Edição: Radioagência Nacional