Pelo menos 1,5 tonelada de feijão foi comercializada na Feira do Feijão Orgânico de Piratini
A região que é a maior produtora de arroz orgânico da América Latina quer agora o prato completo.
O nosso conhecido e delicioso arroz com feijão.
Cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) já produzem mais de 30 variedades de feijão sem veneno no Rio Grande do Sul.
José Gabriel Venâncio é presidente da Associação de Produtores Ecológicos Conquista da Liberdade (Apecol) e fala sobre os planos de expansão.
“Nosso objetivo é empacotar o feijão orgânico e agroecológico. Buscar junto às nossas cooperativas. Fazer páreo com o arroz. Nós vamos encostar o feijão do lado”, disse o agricultor.
No dia 17 de maio, as 16 famílias que atuam coletivamente na cooperativa participaram da terceira edição da Feira do Feijão Orgânico de Piratini.
A agricultora Dauraci da Rosa Tavares, mora no Assentamento Conquista da Luta, em Piratini, e levou 30 quilos do grão que foram selecionados manualmente.
Ela conta que mantém um lote totalmente livre de veneno e que essa prática vem desde os pais dela.
“A gente sempre usou sem veneno só na base do orgânico mesmo. Foi quando começamos a ter mais conhecimentos, aprendendo com outros produtores sobre a importância do orgânico. Mas eu não uso veneno, não boto porcaria”, relatou.
Segundo José Gabriel, pelo menos 1,5 tonelada de feijão foi comercializada na feira.
Ele explica ainda que a produção de uma grande variedade do grão favorece a competitividade da agricultura familiar.
“Pensando estrategicamente no futuro e sobrevivência no campo, junto com a feira, nós também nos preocupamos em criar um banco de semenes e a gente está buscando todas as variedades que se tinha no passado e que ainda existem para ir reproduzindo, para ter essa garantia de sementes limpa que não depende das grandes indústrias, das grandes empresas multinacionais na produção de sementes”, explicou.
Os alimentos saudáveis da Apecol podem ser adquiridos nas segundas e quartas-feiras na Praça Inácia Machado da Silveira, no Centro de Piratini, das 8 às 17 horas.
A associação também conta com uma banca diária de alimentos nas margens da BR-293, entre os quilômetros 76 e 77.
Edição: Brasil de Fato