Esta será uma longa quarta-feira (31) para o povo venezuelano. Além de um protesto da oposição que promete se dirigir ao Ministério das Relações Exteriores desde 22 locais diferentes, apoiadores do governo também farão protesto no centro da capital, Caracas. Ambos os protestos têm como tema a reunião que hoje acontece na OEA (Organização dos Estados Americanos), em Washington, Estados Unidos, para discutir a crise venezuelana.
O presidente da Comissão Presidencial da Assembleia Constituinte e ministro da Educação, Elias Jaua, afirmou que esta será uma "marcha anti-imperialista para dizer aos governos que se reunirão na OEA, com a pretensão de cometer ingerências contra a Venezuela, que a pátria se respeita e que não somos parte desse organismo unilateral", disse.
Já a oposição afirma que sairá de 22 pontos, desde alguns bairros da zona oeste e de uma maioria da zona leste. Alguns dos pontos de concentração foram desmobilizados logo pela manhã.
"Vamos exigir que Delcy Rodriguez [Chanceler da Venezuela] diga a verdade aos venezuelanos e ao mundo", disse o presidente do Centro de Estudantes da Universidade Simón Bolívar, Samuel Díaz, que faz parte da Mesa da Unidade Democrática (MUD), coalização dos partidos de oposição ao governo.
Os países membro da OEA debaterão nesta tarde a situação da Venezuela. A reunião abordará as decisões políticas do presidente Nicolás Maduro. Também será debatida a decisão da chanceler venezuelana de se retirar da última reunião, que foi qualificada como "ministério das colônias dos Estados Unidos".
Edição: Camila Rodrigues da Silva