Previdência

Reforma trabalhista é vista como negativa por 70% dos brasileiros, diz pesquisa

Apenas 3% dos entrevistados consideram que conseguiriam se aposentar com novas regras da Reforma da Previdência

Radioagência Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião que trata da reforma trabalhista
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião que trata da reforma trabalhista - Marcos Oliveira, Agência Senado

Um levantamento feito pela CUT/Vox Populi aponta que as reformas trabalhista e da Previdência são vistas de forma negativa por grande parte dos trabalhadores brasileiros e o assunto tem causado insegurança na população. A pesquisa foi realizada neste mês nas capitais, regiões metropolitanas e interior de todos os Estados do país e indica que o presidente golpista, Michel Temer (PMDB), tem rejeição de 75% dos entrevistados.

Um dos principais pontos das mudanças que estariam por vir é a prevalência da negociação coletiva sobre a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). A pesquisa da CUT mostra que 68% dos entrevistados enxergam essa situação como muito mais favorecedora aos patrões do que aos próprios trabalhadores.

Outra medida que modifica bastante a relação de trabalho entre empresa e funcionário é o chamado contrato interminente, que consiste na contratação dos trabalhadores por algumas horas ou dias por mês, com recebimento de salário de acordo com a quantidade de horas trabalhadas. 

Se vier a ser aplicada, 89% dos entrevistados dizem que não teriam condições de manter suas famílias. A possibilidade também influencia o setor de crediários, já que 90% não teriam coragem de se comprometer com um financiamento em condições de trabalho temporário.

Em relação às mudanças previstas na reforma da Previdência, apenas 3% dos entrevistados consideram que conseguiriam se aposentar depois dos 40 anos de contribuição, enquanto 69% não vêem perspectivas de conseguir acessar os benefícios da aposentadoria.

Edição: Vanessa Martina Silva|André Paroche