Quanto a Temer, se continua ou não, os fatos estão a indicar que a sua situação
Mesmo sendo absolvido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), algo previsível desde o início do julgamento, o golpista Michel Temer terá de enfrentar acusações da Procuradoria Geral da República, mas para a ação seguir adiante vai depender da aprovação do Congresso. Não é à toa que Temer está acionando seu dispositivo para conseguir o número suficiente de apoiadores para se manter no cargo. Qualquer dúvida é só consultar o Diário Oficial.
Mas em se tratando do atual Congresso, tudo é possível. Enquanto os meios de comunicação conservadores se ocupavam horas e horas do julgamento no TSE, o Senador Aécio Neves, do PSDB, conseguia com seus pares que o atual presidente da Comissão de Ética daquela Casa Legislativa, João Alberto Souza (PMDB-MA), abrisse o jogo e se manifestasse afirmando que “eu sinto que o Senado não concorda com o afastamento do senador”. E complementou dizendo que “os senadores questionam por que afastar e por qual argumento?”.
Com essas palavras, o presidente da Comissão de Ética do Senado sinalizou que Aécio Neves, por mais que seja acusado, mesmo com provas, será poupado por seus pares.
Não será propriamente nenhuma surpresa. Basta um levantamento sobre os senadores para verificar que pelo menos um terço está sendo investigado na Justiça,, acusado de corrupção, para concluir que até por uma questão de ética, ética entre eles, claro, jamais adotariam alguma medida contra alguém prestes a virar réu. É a chamada solidariedade geral e irrestrita, pois amanhã os próprios acusados de hoje podem virar réus e até perder o mandato e precisar de um acusado, como o atual Aécio Neves.
Quanto a Temer, se continua ou não, os fatos estão a indicar que a sua situação caminha cada vez mais para a condição de moribundo. O episódio da utilização do jato da JBS tem mais agravante a partir da declaração do piloto, que confirmou a gentileza da entrega das flores para Marcela, a recatada e do lar esposa de Michel Temer.
Como confirmação de como funciona a base de sustentação do golpista, basta mencionar a opinião do apoiador Senador Romero Jucá, também ex-ministro deste presidente moribundo. Jucá considerou normal o então vice-presidente pegar carona em avião de empresário.
É preciso dizer mais alguma coisa para concluir como vai o Brasil com Temer e o atual Congresso, também apoiado pelos irmãos Batista e outros do mesmo estilo?
Edição: ---