Oposição

Em ato público, Kirchner critica 'agressão neoliberal' de governo Macri na Argentina

Ex-presidenta disse que se somará a esforços para a vitória da oposição nas eleições legislativas de outubro

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Cristina Kirchner em lançamento público da frente partidária Unidade Cidadã nesta terça (20)
Cristina Kirchner em lançamento público da frente partidária Unidade Cidadã nesta terça (20) - Reprodução/YouTube

A ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner lançou em ato público nesta terça-feira (20) a frente partidária Unidade Cidadã, que irá competir nas eleições legislativas de 22 de outubro e “colocar um limite ao governo e aos ajustes”.

"Peço a união do povo, a união de todos os argentinos e de todas as argentinas, porque estou convencida de que esta etapa histórica de agressão neoliberal em todos os níveis da sociedade não é uma questão de partidos políticos", exclamou em um comício realizado em um estádio na província de Buenos Aires.

Cristina, que governou entre 2007 e 2015, não esclareceu se irá se apresentar como candidata a senadora nas Primárias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (Paso) pela província de Buenos Aires como parte dessa coalizão que inclui as principais forças da Frente para a Vitória (FpV), exceto, a priori, o Partido Justicialista (PJ), a principal do peronismo.

A ex-presidente manterá a expectativa sobre uma possível candidatura até o dia 24, quando termina o prazo para definir as listas de quem estará nas primárias.

"O que precisamos é colocar um limite no governo nas próximas eleições para que pare com os ajustes", disse ela para cerca de 50 mil pessoas que foram ao estádio Julio Grondona, em Sarandí, na região metropolitana de Buenos Aires.

Em um discurso no qual evitou falar o nome do presidente argentino, Mauricio Macri, ela criticou o desemprego, o fechamento de empresas, o aumento das tarifas dos serviços públicos e a elevada inflação que marcaram, em sua opinião, o atual governo.

No evento, Cristina esteva acompanhada de vários dirigentes kirchneristas, como o ex-ministro da Economia Axel Kicillof, o ex-candidato presidencial Daniel Scioli e seu filho Máximo Kirchner, além de importantes nomes do PJ da província de Buenos Aires, principal distrito eleitoral do país.
 
(*) Com Agência Efe.

Edição: Opera Mundi