Temer a cada dia que passa se transforma em um cadáver político ambulante
Enquanto o presidente ilegítimo está na Rússia e depois circulará na Noruega, ampliam-se as denúncias contra ele, não só por parte da Polícia Federal, como pelas delações, uma delas do corretor de valores Lúcio Funaro, cuja irmã está presa. Funaro acusa o golpista ilegítimo de responsabilidade em operações que geraram comissões de 20 milhões de reais, uma grana significativa destinada as campanhas políticas de 2014 e de 2012 para PMDB. E de tabela incrimina Moreira Franco que conta com a proteção de Temer, que o mantém como Ministro para seguir com foro privilegiado.
Temer a cada dia que passa se transforma em um cadáver político ambulante, sem a mínima condição de seguir ocupando o governo. Só mesmo um acórdão da oligarquia permitirá que ele siga presidente. Enquanto ele viaja, ocupa a Presidência da República o atual Presidente da Câmara dos Deputados, o patético Rodrigo Maia, também um exemplo concreto a que ponto chegou a política nacional nestes tempos sombrios.
O Brasil está sofrendo as consequências de ter no governo um cadáver político, que já deveria ter deixado o governo, aliás que nunca deveria ter assumido e isso só aconteceu por ter sido produto de um golpe parlamentar, midiático e judicial.
Em termos midiáticos, os brasileiros assistem um racha entre os jornalões. Os de São Paulo, como o Estadão e a Folha defendem a continuidade, enquanto O Globo chegou a conclusão que só a escolha de um substituto por eleição do Congresso resolverá o impasse que está paralisando o país.
Mais uma vez, como tem acontecido ao longo da história deste país, o esquema Globo se alinha com o que pode haver de pior no espectro político brasileiro. Os defensores da eleição indireta não entendem que se a escolha se der dessa forma, a crise continuará com a mesma intensidade ou até maior.
E quem mais sofre como esse estado de coisas é o povo, que já não suporta mais que o governo seja ocupado por figuras como Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco que tentam enfiar goela adentro da população tamanhos retrocessos. As pesquisas falam por si só.
Por sinal, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado o governo sofreu uma inesperada derrota na votação da reforma trabalhista, mas Temer em Moscou avisa que a vitória na votação em plenário é “certíssima”. O ilegítimo está confiante e acredita que os seus aliados não vão deixá-lo na mão, e serão gratos às concessões feitas. Temer sabe perfeitamente que se as suas previsões falharem o seu mandato acaba de uma vez por todas o mais rápido possível.
Nesta altura dos acontecimentos, segundo alguns analistas, tudo pode acontecer, até mesmo o PSDB não fechar com Temer, como aconteceu com um parlamentar da bancada na votação da CAS do Senado, ao se posicionar contra a reforma trabalhista. E até um peemedebista vinculado a Renan Calheiros. Não que os parlamentares tucanos sejam contra a reforma, muito pelo contrário, mas talvez pelo fato de assim conseguirem se livrar do fardo chamado Temer.
Até o ex-presidente FHC percebeu que se o seu partido continuar como agora vai para o brejo, ou seja, numa próxima consulta popular repetirá o que aconteceu nas quatro últimas eleições presidenciais. Cardoso aparece então com posições diversas das sustentadas pela cúpula de apoio a Temer. Parte dos parlamentares também percebeu que a persistir essa posição é um caminho certo para uma próxima derrota eleitoral.
Enquanto isso, os movimentos populares seguem mobilizados com o objetivo de fazer o mundo político aceitar que a única saída para a grave crise que assola o país se dará por meio da antecipação das eleições diretas e em todos os níveis.
Isto é, o povo nas urnas dará a última palavra e não um Congresso totalmente desacreditado pelos brasileiros. Um Congresso que precisa ser renovado logo por decisão dos eleitores.
Em tempo: a Justiça decidiu não aceitar a ação de Temer contra Joesley Batista, por considerar que o empresário, na entrevista concedida a revista Época, simplesmente repetiu o que já havia dito sobre o ocupante do Palácio do Planalto. Possivelmente os advogados de Temer vão tentar recorrer da decisão.
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