O General Eduardo Villas-Boas, comandante máximo do Exército, participou nesta quinta-feira de audiência pública na Comissão do Senado de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
No início da fala, o militar enfatizou que o Exército não gosta de ser empregado para a garantia da lei e da ordem. Ele citou como exemplos, os períodos da Copa do Mundo; em comunidades do Rio de Janeiro sob o domínio do tráfico, na crise de segurança do Espírito Santo, e também em um protesto em Brasília contra o governo e as reformas que ocorreu no mês passado.
O general Eduardo Villas Boas citou também o emprego do Exército na favela da maré no Rio de Janeiro, comunidade com mais de 130 mil pessoas. O comandante do Exército também criticou parcelas da população que pedem uma intervenção militar para resolver crises políticas. Villas Boas cobrou ainda um projeto para os recursos da Região Amazônica que, segundo cálculos do Exército, podem somar 23 trilhões de dólares. O comandante acredita que o Brasil não tem consciência da própria grandeza.
O comandante Eduardo Villas Bôas criticou ainda o baixo valor dos salários dos militares e os cortes orçamentários na área. Segundo o general, o Exército tem em 2017 apenas um terço dos recursos que seriam necessários. O que , segundo ele, coloca em risco projetos como o monitoramento das fronteiras e a defesa cibernética. Disse que vê com preocupação uma maior abertura para exploração de minérios no país por empresas estrangeiras e que é contrário a venda para estrangeiros de terras próximas às fronteiras.
Edição: EBC