Com o plenário esvaziado, a denúncia de corrupção passiva contra o presidente da república, Michel Temer, foi lida na Câmara nessa quinta-feira (29). A partir de agora, Temer tem o prazo de 10 sessões do plenário para apresentar a defesa.
Quem leu a denúncia foi a deputada do PSDB de Rondônia, Mariana Carvalho. A deputada leu por mais de uma hora e meia todo o documento.
O documento lido descreve ainda partes dos diálogos de Michel Temer com Joeslei Batista, dono da empresa JBS. Além de detalhar o encontro dos dois no Palácio do Jaburu e os encontros de Joelsei com Rodrigo Rocha Loures, ex-deputado e ex-assessor de Temer, que hoje está preso.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, explicou o rito da tramitação da denúncia e disse que será difícil juntar novas denúncias a atual, mas que tudo pode ser discutido na Câmara.
Para Maia, se o ministro do STF Edson Fachin não juntar as denúncias é mais difícil da Câmara votar todas juntas, como deseja a base aliada do governo. Isso porque existe a expectativa de que novas denúncias sejam apresentadas.
O líder da Rede, deputado Alessandro Molon, disse que a oposição vai trabalhar para que o debate sobre a denúncia seja longo.
O deputado Carlos Marun, do PMDB, está confiante que o governo terá os votos para barrar a denúncia.
Para que a denúncia seja apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, 2/3 dos deputados têm que autorizar o processo. Caso isso ocorra, o presidente Michel Temer é afastado do cargo por até 180 dias, enquanto o Supremo julga a denúncia por corrupção.
Edição: Radioagência Nacional
