Greve no Sul

Movimentos populares paralisam diversas cidades no Rio Grande do Sul

Greve geral conta com paralisação de diversas categorias e ações em dezenas de municípios do estado

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Ato contra reformas no Rio Grande do Sul
Ato contra reformas no Rio Grande do Sul - Leandro Molina

As manifestações desta sexta-feira (30) convocada pelas centrais sindicais ocorrem em várias regiões do país desde a manhã. Casos de repressão policial já foram registrados em algumas cidades e manifestantes chegaram a ser detidos arbitrariamente no Rio Grande do Sul. Os atos são contra as reformas previdenciária e trabalhista do presidente golpista Michel Temer (PMDB). 

“O MST está em luta na Greve Geral com as demais categorias da classe trabalhadora, porque não aceitamos as reformas propostas pelo governo golpista. Estamos mobilizados desde as primeiras horas da manhã, porque não aceitaremos a retirada de nenhum dos nossos direitos conquistados. E acreditamos que só com a unidade da classe trabalhadora derrubaremos estas reformas e o governo golpista” diz Juliane Ribeiro, militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em entrevista à Radioagência Brasil de Fato.

Em Porto Alegre, a repressão policial teve abordagem à paisana e socos dos policiais, acabou na detenção de dois dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) durante um piquete em frente à garagem da empresa Carris. Os manifestantes foram liberados após terem sido levados ao Palácio da Polícia.

Cerca de 200 pessoas trancam a BR 290, no KM 400, em Santa Margarida, na Fronteira Oeste do RS.

O MST realizou diversos trancamentos de rodovias no estado, nas regiões de Candiota, Nova Santa Rita, Piratini, Charqueadas, Bossoroca, Tapes e Camaquã, Alegrete, Manoel Viana, Viamão e Santa Margarida. Além dos atos e caminhadas em Passo Fundo e Pelotas. Em Sarandi, houve passeata em frente à agência do INSS contra a reforma da Previdência e na frente do Banco do Brasil para exigir a liberação de recursos para os agricultores vítimas das enchentes. 

Entre os setores do Rio Grande do Sul que aderiram e apoiam a greve estão, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região (SindBancários), que paralisaram na capital e em mais 15 municípios, o Cpers-Sindicato, que decidiu que não haverá aula nas escolas estaduais e o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa).

Cinco escolas municipais aderiram à greve. O Sindicato dos Professores do Ensino Privado do RS (Sinpro) alega que 67% dos participantes tinham intenções de aderir a paralisação. O Sindicato Intermunicipal dos Professores de Instituições Federais de Ensino Superior do Rio Grande do Sul (Adufrgs-Sindical), o Sindicato dos Técnico-administrativos da UFRGS, UFCSPA e IFRS (Assufrgs-Sindicato), a Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do RS (Fecosul) e o Sindicato dos Empregados do Comércio de Porto Alegre (Sindec) também aderiram à greve. 

*Com informações de Catiane Medeiros 

Edição: Mauro Ramos