No primeiro dia letivo deste segundo semestre, dez escolas estaduais de quatro cidades do Sul de Minas amanheceram interditadas. Alunos, professores e outros funcionários foram pegos de surpresa ao chegarem nas instituições na segunda-feira (3) e encontrarem lacres judiciais nos portões.
A decisão, tomada pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), foi em virtude da falta de um projeto de combate a incêndio, assim como irregularidades na acessibilidade dos prédios. Por isso, o alvará dos bombeiros não foi liberado para os imóveis. De acordo com o Ministério Público, desde 2015 o Governo de Minas vinha sendo notificado pelo órgão.
"Na segunda de manhã, às 7h, o que deu foi um monte de gente sem entender nada e não podendo entrar nas escolas. Não fomos avisados e estamos aí, sem saber o que fazer, como vão ficar as aulas, o ano letivo. Uma loucura", declara Erika Vilas Boas, diretora da E.E. Cinira Carvalho, da cidade de Lavras. Ao todo, são quase 7 mil alunos sem aulas. Os demais municípios atingidos são Ijaci, Ribeirão Vermelho e Luminárias.
A Secretaria de Educação de Minas Gerais (SEE-MG) informou que já acionou a Advocacia Geral do Estado para reverter a decisão de fechar a escola. Segundo o órgão, o objetivo é que o retorno das aulas seja realizado "o mais breve possível". A SEE também declarou que irá “responder devidamente” na Justiça a respeito da falta de um projeto de combate a incêndio.
Edição: Joana Tavares