Trabalhadores e trabalhadoras de todo o país têm se mobilizado ao longo desta terça-feira (11) contra a aprovação da reforma trabalhista do governo golpista de Michel Temer (PMDB), cuja votação final no Senado Federal está prevista para a mesma data. Em meio aos protestos de sindicalistas e senadores da oposição, que ocorrem também no Senado Federal, em Brasília (DF), a sessão que votaria o tema foi suspensa.
Além de entidades sindicais, as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo se somaram aos protestos, marcados por vigílias e manifestações de rua em diversas cidades do país.
Em Curitiba (PR), militantes se concentraram na Praça Guadalupe a partir das 10h. Uma hora antes, em São Paulo (SP), entidades iniciaram manifestação em frente ao Ministério do Trabalho na cidade, localizado na região central da cidade.
Logo no início da manhã desta terça, trabalhadores do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC bloquearam a rodovia Anchieta em São Bernardo do Campo (SP).
Convocados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), manifestantes se reúnem, a partir das 14h, na Praça Matriz, centro histórico de Porto Alegre, em frente à sede estadual do Partido Progressista, legenda a qual pertence a senadora Ana Amélia, favorável à reforma trabalhista. No mesmo horário, um protesto deve ser realizado na Praça da Piedade, em Salvador (BA).
Em Belém (PA), integrantes de organizações que integram a Frente Brasil Popular se manifestam na Avenida Presidente Vargas, em frente do Banco da Amazônia. Em Brasília (DF), pessoas protestam na Esplanada dos Ministérios.
Senado
A votação final da reforma trabalhista está marcada por um clima de tensão. Sob a palavra de ordem #ReformaTrabalhistaNão, manifestantes de sindicatos e movimentos populares protestam no Senado contra a medida que modifica os direitos dos trabalhadores no país. No início da tarde, eles conseguiram entrar no prédio e reivindicaram o direito não só de participar da sessão que trata do tema, mas também pedir a suspensão da votação.
Proibidos pela segurança de seguir pelo corredor que dá acesso ao plenário, eles protestaram nas proximidades do auditório do Senado, onde o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE), estaria tentando dar continuidade à sessão, que foi interrompida, por volta do meio-dia, no plenário por conta de um protesto das senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR), Fátima Bezerra (PT-RN), Vanessa Grazziotin (PC doB- AM) e Lídice da Mata (PSB-BA).
Elas sentaram na cadeira do presidente da Casa para impedir a votação. Como resposta, o peemedebista suspendeu a sessão e ordenou que as luzes do plenário fossem apagadas e que os microfones fossem desligados. A cena acabou aumentando a temperatura da disputa entre governistas e opositores. Logo após, os parlamentares se reuniram numa ala do Senado e até mesmo a imprensa foi proibida pela segurança de ingressar no local.
Edição: Vivian Fernandes