Coluna

Podridão política brasileira se acentua a cada dia que passa

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Presidente ilegítimo da República realiza solenidade para decretar a contra-reforma trabalhista
Presidente ilegítimo da República realiza solenidade para decretar a contra-reforma trabalhista - Antonio Cruz/ Agência Brasil
A cada dia que passa mais se acentua a podridão política brasileira

A cada dia que passa mais se acentua a podridão política brasileira. Vemos o presidente comemorar o resultado da votação a seu favor na Comissão de Constituição e Justiça, que poderia permitir abertura de investigação no Supremo Tribunal Federal contra ele. Ao mesmo tempo, o ilegítimo presidente da República realiza solenidade para decretar a contra-reforma trabalhista, saudada pelo patronato porque, segundo o setor, o Brasil está se “modernizando”. Podem imaginar qual conceito de “modernidade” defendido por essa gente que corre atrás do lucro fácil em detrimento dos trabalhadores e agora sonha com a reforma trabalhista vigorando em um prazo de 120 dias. Uma reforma aprovada sem discussão por congressistas empresários ou beneficiados na campanha eleitoral com somas de dinheiro a serem retribuídas.

No complemento, a mídia comercial conservadora, capitaneada pela Rede Globo, saúda entusiasticamente a aprovação da tal intitulada reforma trabalhista e só coloca no ar os defensores do patronato, reforçados pelos colunistas de sempre. E assim caminha o esquema jornalístico, se é que podemos considerar assim, para enganar os incautos que baseiam suas conclusões pelo noticiário manipulado.

Ao mesmo tempo em que isso acontece, na área da justiça, figuras notórias como Geddel Vieira Lima e Rocha Loures são contemplados com benefícios embora com graves acusações relacionadas com corrupção e outras coisas mais.  Geddel está em prisão domiciliar, sem tornozeleira eletrônica, enquanto o flagrado carregando mala com pelo menos 500 mil reais, ligadíssimo ao ilegítimoTemer, está agora em algum palacete de sua propriedade.

Junta-se a isso, a divulgação da sentença do juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Lula e o retorno de Aécio Neves ao Senado, onde fez questão de votar favoravelmente à pseudo reforma trabalhista, que os apoiadores chamam de reforma, e ainda não está concluído o xadrez político, porque tem mais podridão pela frente.

E neste momento, o Fundo Monetário Internacional (FMI) é acionado para dizer que “o Brasil está melhorando a economia e saindo da recessão”, repetindo o falso jargão do aposentado do Bank of Boston e Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, o condutor principal do retrocesso que o esquema Globo defende diariamente com unhas e dentes.

Os fatos, ao alcance de quem quiser ver, estão a demonstrar que funciona coordenado um esquema destinado a enganar os incautos, muitos deles até prejudicados pelas medidas adotadas pelo governo de Michel Temer.

Mas o mercado com tudo isso em mãos prefere colocar na presidência o produto do momento político medíocre que possa lhe servir ainda mais. Nada mais nada menos do que o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, já que o atual, Michel Temer está esgotado politicamente.

Diante de todo esse cenário, pode-se imaginar o conceito do Brasil no exterior. Claro, desde que os fatos sejam divulgados sem a grosseira manipulação da informação como faz diariamente as Organizações Globo e algumas outras do setor midiático comercial conservador.

A oligarquia nacional se sente poderosa e faz o que faz, porque conta com a informação deturpada apresentada com o claro objetivo de fazer cabeças, enganar a opinião pública. Mas quem pode garantir que com o tempo as tais “verdades” atuais que enaltecem as pseudo reformas, como a trabalhista, possam ser mantidas diante da realidade dos fatos? É uma questão de tempo a confirmação ou não do está sendo afirmado nestas linhas. Em outros países, o mesmo, até digamos não tão de forma tão radical como aqui, não se sustentou diante da realidade dos fatos. Quem tiver dúvidas, consulte um trabalhador chileno e outro grego ou seus representantes, por exemplo.

Diante desse quadro, não será de se estranhar no caso de a oligarquia não arriscar a ser julgada numa eleição presidencial em que o povo dará a última palavra, e então decida aprofundar o golpe, iniciado em 2016 com a ascensão do ilegítimo, o hoje apodrecido político Michel Temer, instituindo um regime parlamentar repudiado nas urnas em duas consultas populares.

Alguns cientistas políticos, entre os quais o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira alertam que pelo andar da atual carruagem golpista levando o país a viver em um estado de exceção, possa ocorrer uma convulsão social. Moniz Bandeira fez essa afirmação ao comentar a sentença proferida pelo juiz Sergio Moro contra Lula, que, por sinal, a oligarquia dá mostras que o teme e tudo dever ser feito no sentido de evitar que o ex-presidente volte a governar o país com apoio popular, como em outros dois mandatos consecutivos.

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