Diversas organizações sociais com atuação em territórios periféricos lançaram, na última quinta-feira (13), o manifesto “Periferias por um Outro Brasil”. O documento, que expressa a articulação entre os coletivos, analisa o atual momento nacional e aponta uma série de propostas.
O documento, que ainda aceita assinaturas, pode ser lido e nesta página.
O manifesto critica as políticas de austeridade que vêm sendo implementadas no Brasil pelo governo de Michel Temer (PMDB), entre elas, a política econômica neoliberal, a reforma trabalhista e a previdenciária. Para os coletivos, o resultado de tal agenda seria “desemprego, sub-emprego, sub-moradia, sub-saúde, sub-educação, sub-segurança, sub-sonho, cadeia, vala comum”.
Um dos pontos destacados pela articulação é o caso de Rafael Braga, “condenado a 11 anos de prisão pelo porte de 0,6 gramas de maconha”, exigindo-se sua liberdade imediata. Com relação a esta questão, o documento pede uma “mudança na política de drogas, que deixe de criminalizar o pobre e o preto, passe a encarar a dependência como questão de saúde”.
O manifesto aponta como medidas necessárias à superação da crise pelo qual passa o país, entre outras, a convocação de eleições diretas, reforma política com “participação popular” e um “novo modelo de mídia” no qual seja possível “ao povo contar suas histórias e expressar suas opiniões”.
Segundo as próprias entidades, o "Periferias por um Outro Brasil" é composto por um “conjunto de movimentos, coletivos, grupos e pessoas que se uniram com o objetivo de colaborar com as múltiplas articulações presentes nas periferias brasileiras”, cujo “foco é a construção de um projeto político participativo e popular baseado em uma agenda ampla, capaz de garantir a preservação de nossas vidas, reconquistar nossos direitos sequestrados e que permita que nosso povo possa sonhar com um futuro melhor”.
“Nós, o povo, estamos aqui. E daqui não vamos sair”, finaliza o manifesto.
Edição: Vanessa Martina Silva