Ataque

Dirigentes da CUT do Ceará são mantidos reféns após invasão de sede

Funcionários e lideranças da Frente Brasil Popular realizavam reunião nesta quinta (20) sobre ato em defesa de Lula

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Sindicalista em uma das manifestações convocadas pela CUT
Sindicalista em uma das manifestações convocadas pela CUT - Agência Brasil

Na manhã desta quinta-feira (20), cerca de oito homens encapuzados e armados invadiram a sede cearense da Central Única dos Trabalhadores (CUT), em Fortaleza (CE). No momento do ataque, dirigentes da CUT, funcionários e membros da Frente Brasil Popular realizavam uma reunião para acertar os últimos preparativos de um ato em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Os homens que invadiram o local portavam revólveres e estiletes, em uma ação durou por volta de 40 minutos. Durante a invasão, o presidente da CUT-CE, Will Pereira, e outras pessoas que estavam no local foram mantidas reféns.

Notebooks, celulares e objetos pessoais foram levados, mas os sindicalistas suspeitam da intenção dos invasores pelo assalto ter ocorrido no momento em que os militantes se organizavam para o ato em defesa de Lula. A manifestação está marcada para ocorrer na tarde desta quinta-feira. Andrea Oliveira, secretária estadual de Comunicação do PcdoB-CE, que também estava na sede no momento do ocorrido, relata que os invasores sabiam nomes de alguns dirigentes, chegando a ameaçar o tesoureiro de morte.

Além do ataque à sede da CUT, outro caso de violência contra um sindicalista também ocorreu no estado nesta quinta-feira. O bancário Jorge Costa Ferreira foi baleado na cabeça enquanto saia da sede do Sindicato dos Bancários do Ceará. Ferreira não resistiu e faleceu.

A CUT Ceará divulgou nota pública denunciando o ataque e convocou uma coletiva de imprensa, com participação das vítimas, com o intuito de discutir e cobrar esclarecimentos sobre a invasão.

Edição: Rute Pina