Na manhã chuvosa desta quinta-feira (20), o Parque 13 de Maio, no centro da cidade do Recife, reuniu mulheres e homens no ato "Pela democracia, contra as reformas e em defesa de Lula". Bandeiras, músicas e cartazes realçaram a vontade popular contrária ao cenário político no Brasil.
Antes de sair de casa, a professora universitária Norma Lacerda pensou sobre mais um dia chuvoso na capital pernambucana. Mas pensou também na importância do diálogo sobre a política no Brasil: “Eu que estou na universidade, eu que já participei de gestões na universidade, sei o que era a universidade antes e depois de Lula. Eu sei.”
Outra mudança que serve como exemplo da continuidade ao governo Lula é que o Brasil saiu do chamado "Mapa da Fome" em 2014, na gestão da presidenta Dilma Rousseff. O tema da segurança e soberania alimentar é uma das preocupações de José Severino da Silva, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST), em Pernambuco.
“Defender Lula, é defender um projeto de vida que a gente teve ao longo de muitos anos. Ao decorrer do período do Lula como presidente, a gente comia três vezes ao dia. E o nosso maior medo hoje é perder essa refeição três vezes ao dia”.
A professora Ana Cristina foi para a rua. Ela falou da preocupação com o tempo necessário quando se constrói ou se destrói um plano de governo contra as desigualdades sociais.
"Porque o país da gente está passando por retrocessos muito grandes que podem fazer que leve muito tempo retomar, não apenas direitos, mas a soberania sobre as nossas riquezas, e mesmo a reconstituição de um projeto civilizatório".
De acordo com a organização, cerca de mil pessoas participaram do ato.
Edição: Mauro Ramos