“Queremos diretas já com uma Constituinte exclusiva e soberana para fazer uma reforma do sistema político”, afirmou nessa quinta-feira (20) Carlos Veras, presidente estadual da Central Únicas dos Trabalhadores de Pernambuco, em ocasião da abertura da 14ª Plenária Estadual e Congresso Extraordinário da CUT-PE, que acontece até este sábado (22), no Assentamento Normandia, em Caruaru, Agreste de Pernambuco.
Com a participação de cerca de 250 delegados de todo o estado e convidados, o congresso iniciou com mesa de abertura composta por representantes de Centrais Sindicais, parlamentares, vereadores, partidos políticos e das representantes das Frente Brasil Popular e da Frente Povo Sem Medo. Entre os objetivos da Plenária Estadual da CUT estão discutir, refletir e aprofundar os debates para os caminhos a serem seguidos pela central sindical.
“É importante lembrar que a CUT foi e é nesse momento histórico importante contra o golpe que está colocado. E ressaltar a importância desse momento em que a CUT vem fazendo a relação entre o campo e a cidade”, afirmou Clebisom Santos, da Frente Brasil Popular e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em sua fala de saudação.
A necessidade de reforçar a luta contra o golpe, em defesa das diretas já, reforçando a participação popular foi ressaltada, assim como papel da CUT e sua importância na mobilização da classe trabalhadora. Para a vereadora do Recife Marília Arraes (PT), o atual momento político é a expressão da luta de classes. “O golpe é a luta de classes concretizada na nossa sociedade. E o papel da CUT é fundamental para mostrar o poder da classe trabalhadora. Vamos passar por uma prova de fogo em 2018, estamos lutando por um presidente legítimo, mas também por um projeto que seja de fato escolhido nas ruas”, vereadora no Recife Marília Arraes (PT).
Para a secretaria das relações de trabalho CUT nacional, Graça Costa, existe então a necessidade de preparar a classe trabalhadora para essa luta de classe e isso também se constrói com unidade política. “Essa unidade que tanto foi dita aqui precisa ser construída de fato, não só nas lutas na hora dos atos, mas no cotidiano, para que possamos romper a avalanche que está aí”, afirmou.
“Estamos em um momento que requer muita compreensão política e unidade, e por isso temos a missão de construir a unidade da classe trabalhadora no momento que a burguesia está nos atacando. A CUT nesse momento tem o papel de resgatar e reinventar as fomas de luta porque são muitos os ataque aos trabalhadores”, afirmou Veras. Ele também anunciou que entre os meses de agosto e setembro, Pernambuco deve realizar a segunda Caravana pela Democracia, passando pro vários municípios do estado.
“A ordem do dia é luta, por direitos, por cidadania, Fora Temer, diretas Já!”, reforçou Aristides Santos, presidente da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (Contag).
Edição: Monyse Ravena