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Praça dos Três Poderes é cenário simbólico para a luta social, diz militante

O ato contra a retirada de direitos dos trabalhadores reuniu movimentos sociais, sindicalistas e parlamentares

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Militantes também defenderam o ex-presidente Lula, condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro
Militantes também defenderam o ex-presidente Lula, condenado em primeira instância pelo juiz Sergio Moro - Cristiane Sampaio

Em Brasília, o dia de luta nacional em apoio a Lula e contra as reformas do governo golpista de Michel Temer,  foi marcado pela concentração de centenas de manifestantes na Praça dos Poderes, nas imediações do Congresso Nacional. Para o militante Marcelo Didonet, do comitê local da Frente Brasil Popular, o lugar é emblemático para a luta social. 

"Temos que construir o poder popular, fazendo aqui uma analogia, pra construir um prédio que signifique o poder popular, porque nós temos três prédios aqui, simbolizando os Três Poderes, e os três estão fazendo parte do golpe. Nós temos que erigir o nosso prédio para, ocupando esses espaços, avançarmos na transformação do Brasil”.

Assim como ocorreu em outras regiões do país, os manifestantes engrossaram o coro contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra o que consideram uma perseguição política, midiática e jurídica ao ex-presidente Lula, alvo de processos no âmbito da operação Lava Jato. 

Para o militante Vinicius Xavier, da Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares, esse cenário nacional reflete o avanço do conservadorismo vivido atualmente em todo o mundo. 

"A gente está vivendo uma conjuntura em que a elite brasileira tenta acompanhar um movimento mundial de retrocessos, de ataques aos trabalhadores e de ela se posicionar diante disso. A gente está vivendo um momento em que não é só o trabalhador brasileiro que tem perdas. O trabalhador espanhol tem perdas, o trabalhador grego tem perdas, o trabalhador norte-americano tem perdas, os argentinos têm perdas"

Na avaliação do militante, o cenário impõe uma caminhada de muita luta para os setores populares a médio e curto prazos. "Esta nossa luta agora em defesa do Lula contra as contrarreformas é um pequeno capítulo de um ciclo de luta dos trabalhadores do mundo contra o nível de opressão sem limites, sem dimensões, porque  talvez desde o século XIX não se tinha um nível de opressão desse do ponto de vista daqueles que são detentores do poder, que têm o dinheiro na mão e concentram a riqueza”.

O ato reuniu movimentos sociais, sindicalistas e também parlamentares.   

Edição: Camila Salmazio