Fora Temer

Continuaremos denunciando que é um governo ilegítimo e golpista, diz manifestante

Atos contra Temer foram registrados em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília

São Paulo |

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Em São Paulo, manifestantes acompanharam a votação no Plenário da Câmara através de telão.
Em São Paulo, manifestantes acompanharam a votação no Plenário da Câmara através de telão. - Júlia Dolce

O dia da votação da denúncia contra o presidente golpista Michel Temer, do PMDB no plenário da Câmara Federal foi marcado por manifestações em várias regiões do país, para pressionar os parlamentares a votarem a favor da acusação. 

O ato em São Paulo ocorreu na avenida Paulista, em frente ao Escritório da Presidência e contou com a presença de movimentos sociais e sindicatos como a CUT, Central Única dos Trabalhadores, a Marcha Mundial das Mulheres, Levante Popular da Juventude e Frente Brasil Popular. 

Douglas Izzo, presidente da CUT São Paulo fala do perigo de uma possível eleição indireta nesse momento: 

"Que o povo defina quem será o próximo presidente porque o Colégio Eleitoral vai recolocar no poder o projeto que aponta aí pra política de ajuste, pra politica de desmonte do estado, pra politica de retirada de direitos dos trabalhadores, da reforma da previdência, da venda e da privatização de empresas publicas. Um projeto que aponta pelo desmonte das políticas sociais”.

Para Paola Leal, do Levante Popular da Juventude, Temer não tem mais condições de permanecer no poder. "Além de ser uma presidência ilegítima, temos comprovações, né, provas de desvios de dinheiro, de acordos ilegais, então o Temer tem que sair. Não seria justo se fosse outro resultado se não a saída dele, mas tem que ser eleito novo presidente com diretas né”.

Ainda em São Paulo, Helena Nogueira, da Marcha Mundial das Mulheres, destacou a estratégia do presidente para garantir apoio dos parlamentares através da liberação de emendas. 

“Ele tá comprando deputados corruptos , comprando com dinheiro publico pra se safar desse crime”.

Em Brasília, o ato aconteceu em frente ao Congresso Nacional. O secretário geral da CUT Brasília, Rodrigo Rodrigues, fala das estratégias que o movimento sindical pretende seguir após a votação: 

“Nós continuaremos fazendo a denúncia que é um governo ilegítimo e golpista e que não tem nenhuma legitimidade pra tá fazendo as transformações na realidade brasileira como está fazendo e continuaremos apontando a nossa principal bandeira de luta momentânea que é a convocação das Diretas Já.

Movimentos Sociais, estudantes e servidores estaduais também se reuniram no Rio de Janeiro, na Cinelândia, para exigir a saída do presidente Michel Temer. A professora da Rede Estadual de Educação, Paula dos Santos, afirma que o Brasil retrocedeu com o governo de Temer e que no Rio, há servidores passando fome: “Tínhamos erradicado a fome, e agora a fome está voltando. As pessoas tendo que buscar uma sacola com arroz e feijão, um absurdo”

Os parlamentares rejeitaram a denúncia da Procuradoria Geral da República contra Temer, por corrupção passiva. Agora, a acusação contra o presidente golpista vai ficar paralisada até a saída dele do Planalto. Depois disso, a denúncia pode voltar a ser julgada. 

 

Edição: Camila Salmazio