'Modernização do país' é como o presidente golpista se refere às reformas
Mal terminou a votação na Câmara dos Deputados impedindo que o putrefato Presidente da República, Michel Temer, fosse julgado pelo Supremo Tribunal Federal, o deputado Rodrigo Maia concedia uma entrevista defendendo enfaticamente a reforma da Previdência, sem recuos, e outras para fazer o Brasil andar para trás. Na votação dos que colaboraram com Temer ocorreram justificativas das mais diversas, uma delas, a mais ridícula, é que o presidente ilegítimo poderá ser investigado quando terminar o mandato, mas não agora para não afetar a governabilidade. Outros parlamentares se basearam nas informações divulgadas diariamente pela mídia comercial conservadora de que a economia está “entrando nos trilhos”, para usar uma expressão repetida a todo instante pelo putrefato.
Quer dizer, o acusado de corrupção passiva continua, segundo os parlamentares que votaram, em favor dele, mas ao terminar o mandato presidencial será julgado em primeira instância. É o tipo de justificativa sem eira nem beira. Os parlamentares livraram a cara do putrefato em uma demonstração inequívoca de que no exercício do mandato não importa se ele é culpado ou não, se roubou ou não, isso fica para depois.
O principal para eles é aprovar as reformas que farão o Brasil andar ainda mais para trás. Nesse sentido, está para o que der e vier o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Por sinal, é visível que ele está sendo preparado pela mídia comercial conservadora, leia-se O Globo e outros espaços do grupo, para concorrer ao Governo do Estado do Rio ou para o Senado.
Em troca o parlamentar carioca tenta de todas as formas enganar os incautos na defesa enfática das (pseudo) reformas. Podem acompanhar como Maia será acionado para ajudar a emplacar as tais reformas. Os colunistas de sempre, podem crer, também serão acionados para esse fim e tecer loas a Rodrigo Maia.
O putrefato ocupante do Palácio do Planalto tentará convencer o mercado que está em condições de levar adiante o retrocesso que favorece os empresários em detrimento dos trabalhadores. Aliás, logo após o encerramento da votação divulgou um vídeo comemorando o resultado e também já tentando convencer os apoiadores do retrocesso que a bola está com ele para seguir adiante na “modernização” do país. Esse é o termo utilizado pelo putrefato para satisfazer o mercado e enganar os incautos.
Podem imaginar como o resultado da votação na Câmara dos Deputados repercutiu no exterior? Até porque, por muito menos, presidentes e primeiros-ministros de outros países perderam o mandato ou renunciaram para evitar piores conseqüências. Mas no Brasil atual, um presidente acusado de corrupção passiva continuará no cargo e quer de todas as formas levar adiante um projeto que não deu certo em lugar nenhum do mundo.
Assim caminha o Brasil nestes tempos em que um presidente para se manter no cargo abriu as comportas do orçamento para o apoio parlamentar na Câmara dos Deputados. Conseguiu fidelidade da bancada ruralista, contemplada com toda a força parcelando até perder de vista as dívidas que tinha com o Estado. Um parcelamento aprovado de forma a não prejudicar o setor.
Boa parte dos parlamentares apoiadores de Temer foram também contemplados e em retribuição votaram em favor dele. Isso para não falar dos dez ministros acionados para votar na Câmara dos Deputados e no dia seguinte retornar ao cargo que ocupam no governo do putrefato. Agora, independente disso, o atual governo usurpador e golpista continuará sendo cobrado pelos brasileiros que indagam como pôde o país chegar a situação atual? E os deputados apoiadores de Temer simplesmente ignoraram as pesquisas indicando que 81% da população são favoráveis a um resultado permitindo a entrada em cena do STF para julgar o ocupante do Palácio do Planalto.
Ah, sim, enquanto o espetáculo par(a)lamentar acontecia, a tal Janaina Pascoal enviava mensagem ao presidente estadunidense Donald Trump pedindo que os Estados Unidos interferisse na Venezuela. Ou seja, como se não bastasse o papel por ela desempenhado no ano passado que culminou com a derrubada da presidenta Dilma Rousseff e a ascensão do putrefato Michel Temer, Pascoal defende uma interferência indevida de um país imperialista como os Estados Unidos em questões internas de um país soberano. Por estas e outras se explica como a advogada ocupa espaços midiáticos conservadores.
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