A presidente da Assembleia Nacional Constituinte (ANC) da Venezuela, a chavista Delcy Rodríguez, criticou na noite desta quarta-feira (9) as sanções econômicas impostas pelo Departamento do Tesouro dos Estados Unidos contra funcionários do país, que se somam às que outros quatro já receberam. Segundo ela, as medidas são "ilícitas".
As sanções, que congelam os ativos que estas pessoas possam ter nos EUA e proíbem a realização de transações financeiras com elas, foram divulgadas uma semana depois de Washington incluir o presidente Nicolás Maduro na sua "lista negra internacional".
Junto com o irmão do falecido presidente Hugo Chávez (1999-2013), Adán Chávez, também foram sancionados Francisco Ameliach, Hermann Escarrá, Erika Farías, Carmen Meléndez e Darío Vivas, todos eles membros da ANC e ex-funcionários da Revolução Bolivariana.
Além disso, na lista também aparecem a reitora eleitoral Tania D' Amelio e o comandante da Unidade Especial da Guarda Nacional Bolivariana no Palácio Federal Legislativo, Bladimir Lugo, acusado de participar na repressão violenta das marchas de manifestantes em Caracas.
"Rejeitamos as ilícitas sanções que pretendem amedrontar os constituintes no seu compromisso de defender o povo da Venezuela (...). Nenhuma sanção imperial violadora do Direito Internacional vai impedir que os constituintes atendam ao chamado da defesa da Venezuela", escreveu Rodríguez em sua conta do Twitter.
Érika Farías, ex-governadora e ex-ministra, reagiu na mesma rede social depois de saber das sanções. "Hoje o império tenta nos amedrontar com sanções (...) Não poderão conosco @NicolasMaduro (...) As sanções e arremetidas do imperialismo yankee nos ratificam que optamos pela ação correta! A defesa da pátria!", destacou.
Por sua vez, Francisco Ameliach, ex-governador de Carabobo, acrescentou: "Não há império que dobre os meus princípios bolivarianos, anti-imperialistas e profundamente chavistas. A pátria não se vende, se defende"
Já a coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) afirmou em entrevista coletiva de imprensa que estas medidas adotadas pelos EUA não são contra a população venezuelana, mas contra particulares que, segundo consideram, devem responder à Justiça.
Edição: Opera Mundi