O Palácio do Planalto começa a semana fazendo as contas. Um dos assuntos prioritários é a medida provisória do Refis, que renegocia as dívidas das empresas com a União. O texto original previa a arrecadação de R$ 13 bilhões até o fim do ano. Mas os deputados federais fizeram tantas mudanças, que a expectativa passou a ser 26 vezes menor: R$ 500 milhões.
Agora, o governo negocia com os parlamentares para deixar o texto o mais próximo possível da proposta original. Este ano, a arrecadação de impostos tem sido menor do que o esperado. É a chamada frustração de receitas. A principal consequência disso tem sido o contingenciamento de gastos, que, este ano, já soma R$ 45 bilhões em cortes de despesas.
A outra consequência, considerada inevitável por economistas e políticos, é a revisão da meta fiscal. O governo previu que as contas públicas encerrariam o ano com uma dívida de R$ 139 bilhões. Mas um relatório do Tribunal de Contas da União alertou que o chamado déficit primário pode chegar a R$ 161 bilhões em 2017.
A equipe econômica volta a se reunir nesta segunda-feira (14), para avaliar se a previsão de déficit será maior do que o previsto.
Edição: Radioagência Nacional