Os ataques do governo golpista de Michel Temer (PMDB) contra a educação pública no Brasil foram o mote da Jornada Nacional da Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que visitou escolas públicas e assentamentos do movimento entre os últimos dias 7 e 13 de agosto.
As ações, que aconteceram nos 24 estados onde o MST está organizado, tiveram início em 2010 e integram a Jornada Nacional de Lutas do MST, que neste ano denunciou os desmontes e retrocessos impostos por Temer à soberania nacional, aos direitos dos trabalhadores e, principalmente, em relação à questão agrária, com ataques à legislação fundiária.
“Nós fizemos uma série de espaços de formação política nas escolas. E também realizamos lutas para denunciar o desmonte da educação pública que tem acontecido no nosso país e da educação do campo, sobre o financiamento da educação no campo que tem sofrido cortes imensos pelo governo golpista do Temer”, conta Paulo Henrique Campos, do setor de juventude do MST, sobre as políticas de Temer que têm afetado os jovens camponeses.
Nas escolas, a Jornada colocou em debate a necessidade de ampliar o processo de auto organização dos próprios estudantes. A ideia é que os jovens estejam aptos a lutar por políticas públicas e defender o direito de acesso a um ensino de qualidade.
O integrante da juventude do MST comenta ainda a importância de levar aos estudantes uma análise sobre o que acontece no Brasil: “Por parte dos alunos, foi uma descoberta de conhecimento. Os alunos que estão acostumados a ter uma formação na escola, distante da sua realidade, e quando a gente do movimento traz uma análise de conjuntura, uma formação política e crítica, a primeira reação é de descoberta de novos conhecimentos".
Edição: Vanessa Martina Silva/ Camila Salmazio