Venezuela

Artigo | Golpes e EUA

Ofensiva imperialista norte-americana tem por objetivo submeter outras nações aos seus interesses econômicos e políticos

Brasil de Fato | Belo Horizonte (MG) |
Apoiadores de Maduro seguram cartazes contra EUA
Apoiadores de Maduro seguram cartazes contra EUA - Ueslei Marcelino

Segundo o Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso), os EUA estiveram por detrás de alguns dos mais recentes golpes de Estado que aconteceram no continente latino-americano: Honduras, Paraguai e mais recentemente no Brasil, por meio do golpe político que derrubou a presidente Dilma Rousseff em 2016.

A ofensiva imperialista norte-americana tem por objetivo submeter outras nações aos seus interesses econômicos e políticos, e, nesse sentido, segue a todo vapor tanto na América Latina quanto em outras partes do mundo, tendo a Venezuela como um de seus principais alvos.

O interesse norte-americano pela Venezuela se dá por diversos fatores, dentre eles está o fato de o país possuir a maior reserva de petróleo do mundo. Além disso, os EUA têm extrema dificuldade em aceitar o processo de transformação social que o país vive desde 1999, ano em que Hugo Chávez foi eleito presidente da Venezuela, dando inicio à Revolução Bolivariana, um processo responsável por diminuir substancialmente a desigualdade social no país e também pela implementação de uma democracia direta, popular e participativa.

Aliada aos interesses norte-americanos, a extrema direita venezuelana, representada pela MUD (Mesa de Unidade Democratica) e pelos grandes meios de comunicação hegemônicos, atuam de forma orquestrada por meio de ações terroristas (ataques armados a instituições públicas), da guerra midiática (divulgação em massa de informações falsas) e econômica (extravio de produtos básicos e sanções comerciais) no sentido de desestabilizar e derrubar o governo Maduro.

No entanto, a Constituinte pela qual o país passa neste momento segue na contramão da narrativa inventada pela grande mídia, seja ela venezuelana, brasileira ou norte-americana. A Constituinte coloca novamente o povo venezuelano como protagonista de sua história, abrindo a possibilidade de aprofundamento da democracia direta no país.

Na contramão da mídia - Debate

De forma a aprofundar nesta discussão e trazer uma perspectiva contra-hegemônica da situação venezuelana, a Frente Brasil Popular realizará um debate público com o professor universitário Igor Fuser, que estará em Belo Horizonte nesta quarta-feira, 23/8, às 19 horas, na Casa dos Jornalistas.

A atividade faz parte do Dia Internacional de Solidariedade pela Venezuela.

*Caio Clímaco é militante da Consulta Popular e da Frente Brasil Popular

Edição: Joana Tavares